Music

Hoodoo Gurus – ao vivo

Apesar do repertório irregular, australianos se garantem no Rio de Janeiro com músicas novas, boas lembranças e performance bem ajustada

Dave Faulkner (Hoodoo Gurus)

Texto por Marcos Bragatto (Rock em Geral)

Fotos de Daniel Croce (Rock em Geral)

A noite é a do tipo “fadada a recordações”, diria o velho homem da imprensa, e o momento especial não poderia ser outro, mesmo porque é único. Sim, só aconteceria mesmo no Brasil (só no Rio?), onde a dobradinha de canções, que passaria batida em todo o mundo aqui tem um significado realmente especial e precisa ser tocada. Tem que por no contrato que tem que ser assim. Por isso, quando os primeiros acordes da primeira música aparecem, o público vem abaixo, piração total. E quando a segunda vem quase emendada, aí a loucura é generalizada. É assim que o excelente público que encheu o Metropolitan (ops, Qualistage), reage no auge do show do Hoodoo Gurus, na sexta 14 de março, no Rio de Janeiro.

Explica-se que tanto “Out That Door” – a primeira – quanto “What’s My Scene” – a segunda – cederam trechos para vinhetas para a programação da Rádio Fluminense FM, que marcou fortemente a derradeira passagem da emissora de Niterói pelo dial na primeira metade da década de 1990. Ou seja, motivo de emoção e saudades de um tempo marcante de verdade. Era a época em que a rádio cobria competições de surfe e as músicas que os surfistas brasileiros ouviam quando iam competir na Austrália rodavam forte na programação, ganhando a pecha de surf music, sem ter nada a ver com o subgênero criado por Dick Dale, Beach Boys e afins. A coisa cresceu tanto que todas essas bandas (parte da new wave/pós-punk/rock australiano oitentista) fizeram turnês concorridas nos anos subsequentes por aqui. A do Hoodoo Gurus, em 1997, por exemplo, lotou duas noites seguidas deste mesmo Metropolitan.

Dito isso – saudosismo uma ova! – o fato é que nesse meio tempão a banda acabou, voltou com discos pouco ouvidos e agora está na turnê do novo álbum, o bom Chariot Of The Gods, que saiu no ano passado. Dele são apresentadas quatro faixas: as boas “World Of Pain”, que abre a noite, e “Equinox”, “uma canção sobre boa sorte”, cantada pelo guitarrista Brad Shepherd; e as nem tão legais assim “Chariot Of The Gods”, a faixa-título, e “Answered Prayers”, que emula Echo & The Bunnymen e não esconde as origens 1980s da banda. Uma pena terem ficado de fora, desse disco novo, três das melhores músicas: “Get Out Of Dodge”, “My Imaginary Friend” e “Carry On”, dotada de um refrãozaço daqueles (procure saber!).

Montar set list, veremos, não chega a ser uma virtude desses aussies. Mas compor música boa, sim, e, vamos e venhamos, em mais de 40 anos de estrada, há um bocado delas pro público cantar do início ao fim. Caso de, por exemplo, “If Only…”, da época em que a banda circulou por aqui, com Dave Faulkner (vocal e guitarra) colocando a massa pra cantar; “Come Any Time”, na abertura do bis; e da deliciosamente pop colante “I Want You Back”. Além de Faulkner e Shepherd, estão na formação o baixista Richard Grossman, completando a trinca remanescente dos shows noventistas por aqui, e o batera Nik Rieth, novo na turma, mas cascudaço. É evidente em todo o show a performance bem ajustada do quarteto e os fabulosos backing vocals de Grossman e Brad Shepherd, inclusive nas músicas do disco novo, que se completam com a voz de Dave Faulkner – este, a propósito, com o falsete em dia.

show só engrena da metade para o final, o que se explica, de certo modo, pela escolha do repertório. Músicas como “Tojo” e “Poison Pen”, por exemplo, poderiam tranquilamente ser limadas, e não é porque “Leilani” é a primeira música composta pela banda que tem que ser tocada em todos os shows. De outro lado, que falta fazem temas como “A Place In The Sun”, “Down On Me” e “In The Middle Of The Land”, só para citar três das grandes ausências. O que não invalida momentos lindos com em “Castles In The Air” e “1000 Miles Away”, no bis, além da piração total da dobradinha “Out That Door” e “What’s My Scene”, citada lá em cima. O que, no fim das contas, faz dessa passagem do Hoodoo Gurus pelo Rio uma noite e tanto. Que voltem sempre que tiverem um novo álbum pra mostrar!

Na abertura, a banda cover VAAR Surf Band comandou um bailão daqueles. O grupo parece especializado em tocar as músicas das bandas oitentistas australianas – a tal da surf music australiana, vá lá. E aí é um Gang Gajang aqui, um Midnight Oil acolá e outro Spy Vs Spy, tudo hit que todo mundo conhece e curte o tempo todo. O bom é que o quarteto se garante no palco e se esforça para tocar tudo igualzinho às versões originais, a ponto de o vocalista se dividir entre violão, harmônica e até um trompete. O ruim é a execução no final de um inacreditável medley que incluiu Red Hot Chili Peppers e REM juntos! Mas que animou a turma, isso animou.

Set list: “World Of Pain”, “Another World”, “The Right Time”, “The Other Side Of Paradise”, “I Was The One”, “Leilani”, “Answered Prayers”, “Night Must Fall”, “Tojo”, “If Only…”, “Chariot Of The Gods”, “I Want You Back”, “Poison Pen”, “Equinox”, “Castles In The Air”, “Out That Door”, “What’s My Scene”, “Bittersweet” e “I Was a Kamikaze Pilot”. Bis: “Come Anytime”, “1000 Miles Away” e “Like Wow – Wipeout”

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Paralamas do Sucesso – ao vivo

Grupo comemora 40 anos de trajetória artística levando ao palco mais de duas horas de desfile de clássicos do seu repertório

Texto e foto por Carlos Eduardo Lima (Célula Pop)

O nome da turnê é Paralamas Clássicos. Ou seja: uma banda com 40 anos de história e sucessos decide levar ao público aquilo que entende como sendo seu repertório mais consagrado e emblemático. Em termos de rock nacional dos anos 1980, não dá pra encontrar paralelo, seja por menor inspiração, seja por fatalidade. O destino levou Cazuza, levou Renato Russo e quase levou Herbert Vianna. Porém, no caso do paralama guitarrista e vocalista, quis o destino propor um desafio igualmente grande: como lidar com o novo Herbert que surgiu a partir do início dos anos 2000? Como manter os Paralamas no palco, ativos e atuantes? Não que fosse preciso, mas a apresentação daquele sábado, 17 de dezembro de 2022, no Rio de Janeiro, foi mais uma resposta.

Se a produção de álbuns inéditos escasseou e caiu em termos de qualidade lírica, a banda aprimorou uma qualidade que sempre teve: a combustão do momento ao vivo, o tesão pelo palco, a consideração e o carinho com os fãs, sempre oferecendo versões novas, interpretações diferentes, cuidando para que as gravações originais nunca sejam repetidas ou copiadas, como parece ser o mandamento maior do showbiz de alto impacto no mundo. Os Paralamas não estão nem aí para isso – são ratos de estúdio, adoram mexer nos arranjos, inserir detalhes, citações que, para o fã cascudo, soam como easter eggs do que vêm ouvido e fazendo nos últimos tempos. Já sessentões, Barone, Bi, Herbert, João Fera e o naipe de metais com Bidu Cordeiro e Monteiro Jr são uma corporação sonora ao vivo. Tem citação de baile de carnaval aqui; tem citação de Santana ali; tem Herbert murmurando “Exodus”, de Bob Marley, pra cá; tem ele resmungando “Get Up, Stand Up”, também de Bob, acolá. É um show, um evento, com seu próprio tempo e espaço, mostrando pro público atento que “clássico” atravessa o passar dos meses e anos, volta modificado mesmo nunca tendo partido. Sacou?

O evento no Qualistage tinha vários significados. Era o último show da banda no ano, encerrando uma turnê contínua e presente em vários cantos do país, com alma lavada e dever cumprido. Era o aniversário da primeira apresentação do grupo numa emissora de rádio (no caso, a Fluminense FM, gêmea do trio, que o recebeu em fita cassete a partir de 1982 e, em 17 de dezembro daquele ano, também recebeu a própria turma, então iniciante, que tocou três músicas: “Encruzilhada Agrícola-Industrial”, “Patrulha Noturna” e “Vital e sua Moto”). Quarenta anos depois, “Vital” e “Patrulha” estavam presentes no set list. E Barone avisou, antes do bis. “São vários quarenta anos: ano passado foram quarenta anos que a gente se conheceu; neste ano, quarenta anos que a gente toca junto; ano que vem, 2023, quarenta anos do primeiro disco”. Ou seja, são eternos quarenta anos.

E, falando em Rádio Fluminense, o show do Qualistage também teve um sentido extra: Maurício Valadares, lenda-viva do rádio carioca, dono do programa Rock Alive, depois roNca tripa, depois radiolla, depois roNca roNca, existente até hoje no formato de podcast, foi o responsável pela entrada paralâmica na Fluminense FM há quarenta anos. Tornou-se fotógrafo oficial do trio e, por conta de seu incansável trabalho de preservação da memória do rádio e da música no Brasil, lançou um álbum dos Paralamas extraído de uma apresentação do grupo no roNca roNca de 13 de outubro de 1999. O disco estava à venda no local e documenta os Paralamas na forma pré-Acústico MTV, gravado pela banda naquele mesmo ano.

Pois bem, a forma dos Paralamas hoje, ontem, é exuberante. Tocando por telepatia desde sempre, lembrando do perrengue que é segurar uma bandaça como esta apenas com uma guitarra e sem firulas eletrônicas, Herbert Vianna surge imparável e imorrível à frente do trio, com Barone assumindo sua camisa 8 na bateria e Bi Ribeiro, um dos maiores baixistas em atividade no país, ocupando a ponta-esquerda. Com Fera na contenção e o naipe de metais ocupando espaços, o time joga por música. O início leva o fã mais dedicado às lágrimas, numa sequência que tem “Vital e Sua Moto”, “Patrulha Noturna” e “Cinema Mudo” em sequência, em versões com aqueles detalhes atualizados e sensacionais mencionados acima. A partir daí, o espectador tem a dimensão de quantas canções de sucesso os Paralamas gravaram em sua carreira, percorrendo um trajeto que sai de Cinema Mudo, de 1983, e chega em Longo Caminho, de 2002, o último disco composto pela banda antes do acidente com Herbert. Ou seja, é o fino do fino do repertório, com mais de trinta hits incontestáveis e alguns presentes para os fãs.

“O Amor Não Sabe Esperar”, canção fofinha com participação de Marisa Monte no original, presente em Hey Na Na(1998), também está no set list. Ainda que tenha feito sucesso na época, não é exatamente um clássico. O mesmo pode se dizer de “Vamo Batê Lata”, originalmente lançada em Severino (1994) e faixa-título do álbum ao vivo do grupo, de 1995: também não é exatamente um clássico, mas faz sentido num show com esta proposta. Este também é o caso de “La Bella Luna” (1994) e “Saber Amar” (1995), belas, lindas, mas não clássicos com ph de farmácia. Estas duas canções servem para lembrar como os Paralamas sempre tiveram a manha para compor e gravar “lentinhas”. Elas são primas-irmãs de “Romance Ideal”, primeira baladaça do grupo a fazer sucesso, lá em 1984, e de “Tendo a Lua”, de 1991, também presentes aqui. Ficaram de fora outras duas lindezas do mesmo naipe, “Me Liga” e “Quase Um Segundo”, de 1984 e 1988, respectivamente.

set list mostra que os Paralamas olham com carinho para vários discos de sua carreira, mas deveriam amar um pouco mais o sensacional Bora Bora (1988). Dele só a bombadíssima “O Beco” deu as caras, deixando o fã com saudade de “Uns Dias”, porrada raivosa antiamor, e da já citada “Quase Um Segundo”, todas hits absolutos em seu tempo, com pinta de “clássico”. Também faltou a cíclica “Pólvora”, porrada de Big Bang (1989) e só. Não conseguimos detectar a falta de algum hit absoluto de seu tempo. Todas as outras estavam ali. Teve uma versão encrespada da minha favorita de todos os tempos dos Paralamas, “Mensagem de Amor”. Teve detalhes maravilhosos nos vídeos de “Óculos” e “Alagados”, esta última, um colosso rítmico que não envelhece, abrindo espaço para imagens rápidas da vereadora Marielle Franco e citação de “Sociedade Alternativa”, de Raul Seixas. Teve a porrada de “Selvagem”, no manjado – e eficaz – medley com “Polícia”, dos Titãs e imagens mostrando cartazes com os dizeres Vidas Negras Importam, comprovando que os Paralamas sempre se preocuparam com o viés social em suas obras, que, tristemente, ainda seguem atuais em conteúdo lírico.

Teve a dupla consagrada de covers portenhas, com as ótimas “Trac Trac” (de Fito Paez, lançada em Os Grãos, de 1991), “Lourinha Bombril” (do grupo Los Pericos, lançada em Nove Luas, de 1994). Teve uma versão pesadíssima de “A Novidade”, com arranjo beirando o samba-reggae, cheio de efeitos sonoros muito bem colocados. Isso mostra o quanto o grupo ainda é capaz de se divertir com os dubs ao vivo, abrindo espaço para doideiras em “Será Que Vai Chover”, emendada com “Assaltaram a Gramática”, cheias de tecladices e ecos. Além delas, “O Beco” também abriu espaço para experimentações discretas no terreno do reggae, algo que a banda sempre fez.

Também estiveram presentes o medley “Você/Gostava Tanto de Você”, mostrando que o trio paralâmico foi pioneiro na valorização do funk nacional em plena era excludente do rock nacional oitentista. Teve “Ela Disse Adeus”, “Caleidoscópio”, “Aonde Quer Que Eu Vá”, “Uma Brasileira”, “Melô do Marinheiro” (com “Marujo Dub”) e um bis com SETE canções, iniciado com a invocadíssima “Perplexo” e encerrada com uma versão procedimental e muito adequada de “Meu Erro”, talvez a síntese da palavra “clássico” quando se trata de Paralamas do Sucesso.

Em meio a essas mais de duas horas de show, me dei conta da sorte que tenho como fã assumido da banda. Ouvi “Vital e sua Moto” no ano em que foi lançada, 1983. Desde então, os Paralamas são meus amigos mais velhos, meus colegas de colégio, meus camaradas. Aquele tipo de amigo que a gente fica sem ver por muito tempo, mas que, quando reencontra, é como se tivesse visto na véspera. Vê-los soberanos, no palco, tocando em casa, para uma plateia emocionada, embevecida e totalmente conquistada há muito tempo, ainda mais com o tempero da ocasião e da empreitada conjunta com o roNca roNca, foi como desafiar o tempo. Ou melhor, foi como entender que o tempo passa, mas que nos reserva espaço para ir e voltar com segurança. Neste caso, os Paralamas foram os melhores guias. Mais um show tecnicamente perfeito e que só demonstra a excelência do grupo. Uma porrada.

Set list: “Vital e Sua Moto”, “Patrulha Noturna”, “Cinema Mudo”, “Ska”, “Fui Eu”, “Lourinha Bombril”, “Trac Trac”, “O Calibre”, “Selvagem/Polícia”, “Mensagem de Amor”, “Cuide Bem do Seu Amor”, “Saber Amar”, “Tendo a Lua”, “Aonde Quer Que Eu Vá”, “Lanterna dos Afogados”, “O Amor Não Sabe Esperar”, “Será Que Vai Chover?”, “Assaltaram a Gramática”, “Você/Gostava Tanto de Você”, “O Beco”, “A Novidade”, “Melô do Marinheiro/Marujo Dub”, “Alagados”, “Uma Brasileira” e “Óculos”. Bis: “Perplexo”, “Romance Ideal”,  “La Bella Luna”, “Ela Disse Adeus”, “Vamo Batê Lata”, “Caleidoscópio” e “Meu Erro”. 

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Liam Gallagher – ao vivo

Vocalista celebra o repertório do Oasis ao cantar, no Rio de Janeiro, mais músicas de sua ex-banda do que da carreira solo

Texto e foto por Bruno Eduardo (Rock On Board)

Grande parte dos fãs do Oasis já perdeu as esperanças em vê-lo reunido novamente em cima de um palco. Afinal, já são mais de dez anos de separação dos irmãos Gallagher, que seguem suas carreiras solo (cada um no seu canto) lançando discos interessantes e fazendo shows que relembram o legado da ex-banda.

Na verdade, Liam até que relutou por algum tempo a tocar músicas do Oasis enquanto estava no Beady Eye. Mas agora parece que ele decidiu chutar o balde. Tanto que a apresentação da noite de 16 de novembro pode ser considerada a maior celebração ao ex-grupo que um fã poderia ter desde a separação. Desde a introdução do show com “Fuckin’ In The Bushes” (como o Oasis costumava fazer) ao início da apresentação com a dobradinha “Morning Glory” e “Rock’n’Roll Star”, o que tínhamos ali no Qualistage (o antigo Metropolitan) era uma espécie de melhor banda cover de Oasis do mundo. Ao todo, foram dez canções da icônica banda, com destaque para os dois primeiros álbuns. Definitely Maybe (1994) e (What’s the Story) Morning Glory? (1995) ganharam cada um quatro citações esta noite.

No meio de um repertório baseado em tantos sucessos consagrados como “Stand By Me”, “Supersonic” e “Some Might Say”, Liam desviava ocasionalmente para seu material solo. De forma acertada, já que nenhuma das escolhidas pareceu soar fora de contexto. “The River”, do bom Why Me? Why Not (álbum de 2019), deu um gás no lado mais roqueiro do cantor. “Once”, do mesmo disco, foi cantada por boa parte da plateia. De seu novo trabalho, C’mon You Know, lançado este ano, o destaque ficou para a ótima “Everything’s Eletric” (co-escrita com Dave Grohl), que traz sonoridade nostálgica, e a já bem popular faixa-título. 

Do Oasis, vale salientar como as canções de Definitely Maybe continuam soando frescas nos dias de hoje. Tanto que um dos melhores momentos do show ficou na execução de “Slide Away”, que elevou a energia da casa ao ápice, num dos pontos altos da noite. Em “Wonderwall”, o maior sucesso do grupo, já de  … Morning Glory?, uma dedicatória de Liam Gallagher para o maior ídolo do Flamengo. “Quero dedicar essa música para o melhor jogador de futebol do Brasil, que eu vi jogar: Zico!”. A paixão de Liam com o futebol é algo que fica explícito no palco, com as iniciais do Manchester City, seu time de coração, gravadas na bateria, e também na plateia, com fãs exibindo a bandeira do time inglês.

O ponto baixo da noite ficou para alguns problemas técnicos num dos PAs que chegou a ser “mutado” em vários momentos, principalmente na parte inicial, prejudicando canções como “Stand By Me” e “Everything’s Eletric”.

O bis inlcuiu mais duas do Oasis: “Live Forever” (outra do já citado álbum de estreia) e “Champagne Supernova”. Este último clássico marcou um final consagrador. Deu o toque final perfeito a um show que ficará marcado na memória dos fãs como a noite mais Oasis que um fã do grupo poderia ter em muitos anos.Set list: “Morning Glory”, “Rock’n’Roll Star”, “Wall Of Glass”, “Everything’s Electric”, “Stand By Me”, “Roll It Over”, “Slide Away”, “C’mon You Know”, “More Power”, “Diamond In The Dark”, “The River”, “Once”,  “Some Might Say” e “Wonderwall”. Bis: “Live Forever” e “Champagne Supernova”.