Movies

A Forma da Água

Oito motivos que farão a obra-prima de Guillermo del Toro nunca mais sair da sua memória nem do seu coração

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Texto por Abonico R. Smith

Foto: Fox/Divulgação

Treze indicações ao Oscar 2018 e o grande favorito da noite para várias categorias, inclusive a principal. Prêmio de melhor filme no Festival de Veneza, no ano passado, quando foi exibido publicamente pela primeira vez. Escalado para abrir o Festival do Rio, uma das mostras fílmicas mais cultuadas de todo o Brasil. Críticas de cinco estrelas fluindo aos borbotões em toda a imprensa especializada.

Tudo isso não veio ao acaso. A Forma da Água (The Shape Of Water, EUA/México, 2017 – Fox) é um dos filmes mais tocantes já produzidos na Hollwood do Século 21. Emociona lá no fundinho das entranhas. Faz qualquer um vibrar e torcer, mesmo o ser mais comedido sentado nas poltronas da sala de projeção.

Eis aqui oito motivos para a nova obra(-prima, aliás) de Guillermo del Toro não sair mais da sua memória. Nem do seu coração.

Declaração de amor aos monstros

Que o diretor mexicano sempre foi apaixonado pelo universo fantástico de seres bizarros e considerados aberracionais perto da humanidade isso todo cinéfilo já sabe. Agora ninguém pode ter um pingo de dúvida de que esta não seja a sua declaração de amor definitiva a eles. Revivendo os ares do filme cult de terror O Monstro da Lagoa Negra (de 1954), aqui ele mostra um ser enigmático capturado das águas amazônicas e levado para os Estados Unidos do começo dos anos 1960 como um possível trunfo para ser usado pelos militares na Guerra Fria contra os inimigos soviéticos. E a tal criatura não cativa somente o espectador. Ele ganha o coração da protagonista Elisa Esposito, que faz tudo para tentar salvá-lo de um destino nada feliz.

I’m a loser, baby

O poderoso refrão criado por Beck para seu hit-mor “Loser” pode ser o slogan que permeia todo o longa-metragem de Del Toro, assim que ele vai apresentando seus principais personagens no decorrer da história. Eles não se encaixam no padrão “normal” da sociedade. Têm algo que parece castigá-los para sempre com o selo da diferença perante o padrão asséptico imposto pelo mundo ocidental, em particular, os poderosos Estados Unidos da América, sempre baseados no mérito, na vitória, na perfeição. Elisa (Sally Hawkins) é muda. Em contrapartida, sua colega de trabalho Zelda (Octavia Spencer) fala mais do que a “Mulher da Cobra” no calçadão da Rua XV, no Centro de Curitiba. Seu vizinho Giles (Richard Jenkins) é um velho desenhista fracassado em seus sonhos e ridicularizado por seus trabalhos. E, claro, tem o tal monstro. Mas não pense você que este “quadrado mágico” se limita a fazer pose de coitadinho para ganhar a piedade. Pelo contrário: suas limitações os fazem superar todos os obstáculos nem que para isto também precisem alavancar pequenas doses de ironia e vilania.

Homenagens à sétima arte

Del Toro vai muito além de prestar reverência a O Monstro da Lagoa Negra. Pelas duas horas de seu filme ele também rende homenagem a clássicos de uma Hollywood em seus áureos tempos. Diversos musicais – resgatando inclusive o sapateado e a estrela brasileira Carmen Miranda – pipocam aqui e ali, sobretudo quando Elisa faz suas visitas ao amigo Giles. Em outros momentos, o deslumbre visual de A Forma da Água o transforma em um excitante filme noir colorido – para depois desembocar em uma misteriosa trama de ação, com direito a muitos tiros e sangue escorrendo sob a chuva pesada que encharca as ruas. Já os ambientes secreto laboratório onde Elisa e Zelda trabalham como faxineiras remetem a deliciosas produções B de ficção científica dos anos 1950 e 1960. E, claro, há todo um sarcasmo em ligar o “casal” principal ao mito de A Bela e a Fera. Só que aqui a bela não é nada bela e a fera não é nada fera.

Interpretações certeiras

Elisa é muda e só se comunica com o mundo pela linguagem de sinais. Apenas isso bastava para Sally Hawkins dar um show na pele da faxineira solitária durante quase duas horas com gestos e olhares que dizem muito mais que um turbilhão de palavras pronunciadas. Contudo, ela ainda arranca segredos mágicos da manga. Ou melhor dos pés, já que ainda dá conta de vários passos de sapateado E não é só ela que entrega uma performance arrebatadora. Richard Jenkins, como o desenhista menosprezado Giles, complementa a dose de sensibilidade entregue por del Toro desde o início, primeiro narrando a história da amiga e depois acompanhando-a em suas investida tão idealista quanto apaixonada até o final. Octavia Spencer, por sua vez, arrebata qualquer um com suas tiradas bem-humoradas, servindo de alívio cômico ao filme. Micahel Shannon, na pele do fanático (religioso, de direita) chefe de segurança do laboratório também merece palmas entusiasmadas.

Poesia em forma de imagens

A Forma da Água é aquele filme de fantasia capaz de grudar na sua cabeça e dela nunca mais sair. Não bastasse ter uma coleção de grandes personagens, Guillermo del Toro imprime uma poesia visual no uso das cores de figurinos e cenografia, nos movimentos de câmera de cada tomada, na direção dos atores, na cena de masturbação da mocinha na banheira estrategicamente colocada logo nos primeiros minutos da montagem. Se não sair do Oscar com o prêmio de melhor diretor será uma tremenda injustiça a todo o trabalho demonstrado nas duas horas de projeção

Trilha de sonora de primeira

Fábula visual que se preze também pede uma trilha sonora tão fantástica quanto. Aqui os ouvidos do espectador são massageados pelo trabalho primoroso de Alexander Desplat, um dos nomes mais disputados pelos diretores hollywoodianos nos últimos anos. Desplat ajuda a pontuar as surpresas e reviravoltas flutuando entre o cômico e o tenso, o romântico e o melancólico. Usa acordeon, assovio, arpejos, arranjos orquestrais e uma veia autoral capaz de retransformar pérolas pop alheias, como “You’ll Never Know” (apresentada originalmente em 1943, no filme Aquilo, Sim, Era Vida!, pelo qual ganhou o Oscar de melhor canção original)

Edição de som

Terreno fértil para os linguistas é a comunicação que se dá entre Elisa e o monstro capturado pelo governo norte-americano. Se Elisa é muda, o monstro não é. Ele emite sons. A maneira como eles se dão é a grande surpresa de todo o trabalho de criação feito pela dupla Nathan Robitaille e Nelson Ferreira.

Atualíssima crítica social

Por mais conto-de-fadas que seja toda a história de A Forma da Água, ela cai como uma luva no papel de crítica social ao atual momento dos Estados Unidos e o governo do presidente Donald Trump. Mesmo ambientada mais de meio século atrás. Mesmo ficando distante do realismo impresso pelos outros grandes filmes desta temporada de premiações.

Comics

Mort Walker

Oito curiosidades sobre o criador do Recruta Zero e o cartunista com a produção de maior longevidade dos quadrinhos

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Texto por Abonico R. Smith

Foto: Bob Daugherty/Associated Press/Reprodução

No último sábado, dia 27 de janeiro de 2018, a agência Associated Press comunicou ao mundo a morte de Mort Walker, por pneumonia. O cartunista norte-americano tinha 94 anos, ainda estava na ativa e há quase 68 fazia, sem interrupção, as histórias de seu mais famoso personagem, o Recruta Zero. Era auxiliado, á havia algumas décadas, pelos dois filhos Brian e Greg. Eles anunciaram que irão dar prosseguimento ao trabalho do pai.

Em sua homenagem, o Mondo Bacana publica oito curiosidades sobre o artista, batizado Addison Morton Walker e que detinha o recorde de permanência de produção contínua de um trabalho em quadrinhos de um mesmo trabalho – inclusive batendo seu principal “rival” na área, Charles Schulz, o criador de Peanuts. As tiras diárias do recruta Zero começaram a ser publicadas em jornal no dia 4 de setembro de 1950. De lá para cá elas alcançaram 200 milhões de leitores em 1,8 mil jornais de mais de 50 países, com extensão para o formato de histórias em quadrinhos, desenho animado e até selo do serviço postal dos Estados Unidos.

Inspiração na vida real

As histórias do recruta se passam no Camp Swampy, quartel militar inspirado no Fort Crowder, construído durante a Segunda Guerra Mundial no sudoeste do estado de Missouri. Walker serviu ao exército dos EUA lá em 1943, quando foi enviado em uma tropa para a Itália. Chegou ao posto de tente, quando acabou sendo dispensado em 1947. Muitas das referências às burocracias e trapalhadas internas vieram de observações e experiências reais do cartunista. A década de 1960 também trouxe bastante inspiração, devido ao envolvimento de seu país na Guerra Fria e na Guerra do Vietnam.

Início universitário

Depois de se graduar na universidade de Missouri em 1948, onde já era chefe de arte de uma revista de humor feita pelos alunos da instituição. Mort desenhava desde a pré-adolescência. Aos 11 publicou seu primeiro cartoon e dois anos depois passou a realizar trabalhos periódicos na área. Aos 15 acabou contratado por um jornal para publicar sua primeira tira de HQ. mudou-se para Nova York para tentar a vida na área. Em setembro de 1950 começou a publicar no Saturday Evening Post as tiras de Spider, um estudante universitário que primava pela preguiça mas sempre conseguia se dar bem através de astúcia e esperteza para driblar as sanções e perseguições.

Mudança bem-sucedida

Spider não fazia muito sucesso perante os leitores e Walker resolveu adaptar a sua criação a um detalhe do momento nos EUA. Aproveitando a onda de nacionalismo que se abatia sobre o país por cauda Guerra da Coreia, em 1951 ele “alistou” o personagem nas Forças Armadas, transformou-o em soldado raso do exército e trocou seu nome (e o da HQ) para Beetle Bailey. Conseguiu renovar seu contrato com a distribuidora de quadrinhos King Features Syndicate, do magnata das comunicações William Randolph Hearst, e passou a publicar em diversos jornais norte-americanos.

Personagens coadjuvantes

O Sargento Tainha (Sgt. Snorkel, no original) é o eterno antagonista do recruta Zero nas suas histórias. Procura sempre ser linha dura com o recruta preguiçoso e seus demais companheiros. Entretanto, Zero sempre acha uma maneira de driblar seu superior imediato. Nisto reside o mote principal das histórias. Tainha também tem um cachorro buldogue chamado Otto, que, por sinal, tem a mesma cara e o temperamento do dono. O intelectual Platão (Plato), o tapado Dentinho (Zero), o jogador Cosme (Cosmo), o revoltado Roque (Rocky) e o mulherengo Quindim (Killer) são os soldados que estão sempre ao redor de Zero (Bailey) nas histórias.

Politicamente incorreto

Alguns tipos secundários do quartel, entretanto, formavam a deixa para Wlaker exercer a sua veia de sátira e contestação sexual. O cozinheiro Cuca (Cookie) é um destes personagens. Além de ser mestre em fazer pratos que acabam com o apetite de toda a caserna, tinha sempre um cigarro junto à boca, inclusive deixando cair as cinzas nas panelas. Um dos dois tenentes, Mironga (Lieutenant Flap) foi criado em 1970 e é o primeiro personagem afro-americano retratado em uma HQ diária norte-americana. Sua marca registrada, aliás, é o cabelo black power, estilo bastante comum entre os negros da época. Já o General Dureza (Halftrack) é a representação da inaptidão completa. A esposa Martha faz dele de gato e sapato, o Pentágono nem lembra que seu quartel existe, os militares sob seu comando não o respeitam e quase sempre aparece nas histórias entregue à bebida. Uma história acabou não publicada por um jornal de Minneapolis por ser tachada de “sexista”. Na verdade, era apenas mais uma das muitas investidas de assédio sexual do general à sua secretaria, a loira Dona Tetê (Miss Buxley), cujo combinado de decotes, minissaias e rebolados atiça os desejos da macharada inteira do Swampy e a torna “mais competente” do que a colega que tem a mesma função. Mas também era o ano de 1981 e o assunto estava bastante longe de figurar na pauta das conversas e jornais do dia a dia.

Parceria com outro mestre

Em 1954 Walker criou a irmã de Bailey e passou a desenvolver, paralelamente, outra gama de histórias. Com o nome de Hi and Lois (publicado no Brasil sob o nome Zezé & Cia), o spin-off de Recruta Zero era uma publicação centrada em uma família, mais voltada para o universo classe média norte-americano. Mort apenas escrevia os roteiros. Quem assumiu os traços foi o desenhista nova-iorquino Dik Browne, que se tornaria famoso mundialmente bem depois, ao criar as história do viking Hagar, o Horrível em 1973.

Humor bíblico

Depois de explorar o universo militar e o das famílias classe média, Mort criou em 1968 uma terceira HQ, desta vez com inspiração nas religiões pentecostais que já haviam se transformado em uma forte instituição em seu país. Com base em um famoso trecho da Bíblia, o cartunista, assinado apenas com o primeiro nome Addison, lançou Boner’s Ark, a sua versão bem-humorada da mítica Arca de Noé. Ali ele retratava uma variada mistura de animais, todos monocromáticos, presos em um barco e constantemente em busca de uma terra. A tal Arca, aparentemente pequena vista por fora e inacreditavelmente gigante por dentro, era conduzida pelo Capitão Boner e possuía quartos de dormir para todos os bichos, além de um cinema, um restaurante (dirigido pelo hipopótamo), um pub e um campo de golfe (?!?!).

Em defesa da classe

Além de ter ocupado temporariamente o cargo de presidente do Sindicato dos Cartunistas dos EUA, em 1974 Mort Walker criou o National Cartoon Musem, dedicado à preservação e exibição de trabalhos de desenhistas de quadrinhos (revistas e tiras de jornais) e animação. Na verdade ele já tinha iniciado em 1940 uma grande coleção particular, iniciada em 1940. O material de acervo – com valor avaliado em 20 milhões de dólares – compreendia, entre outras coisas, 200 mil originais, vinte mil livros e mil horas de fitas e filmes. O item mais importante era o primeiro desenho do personagem Mickey Mouse, feito por Ub Iwerks (que trabalhava para Walt Disney nos anos 1920) para o curta-metragem Plane Crazy, em 1928. Grande parte disso veio de doação de importantes artistas da área, como Chester Gould (criador de Dick Tracy), Hal Foster (Príncipe Valente), Stan Lee (super-heróis da Marvel) e Dik Browne. O museu começou na cidade de Stamford, em Connecticut. Depois sua sede, em virtude de apoios e patrocínios, foi transferida para Greenwich (no mesmo estado), Port Chester (Nova York) e terminou em Boca Ratón (na Florida) até ser fechado em definitivo ao público em 1992. Até que, em 2008, Walker aceitou uma oferta de transferir todo o material para a universidade do estado de Ohio.

Comics, Movies, Series, TV

The End Of The F***ing World

Casal teen com irresistível atração pela violência protagoniza série britânica que tem tudo para virar o novo hype do universo nerd

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Texto por Abonico R. Smith

Foto: Netflix/Divulgação

Quão bela, doce e fascinante pode ser a violência?

Para o adolescente britânico James matar pode ser um excelente liberador de endorfina. Desde criança ele está acostumado a fazer isso com indefesos animais como gatos, coelhos e pássaros. Aos 10 anos ganhou uma arma do pai. Aos 13, uma faca. Na adolescência resolveu enfiar a mão esquerda na fritura quente para poder fazer mal a si próprio. Agora, prestes a completar 18 decidiu fazer um upgrade de vítima e tirar a vida de um ser humano. Assim, sem mais nem menos. Só pelo prazer e para poder dizer – assim como o faz logo nos seus primeiros segundos em cena – ser um psicopata.

Alyssa também tem 17 anos. Carrega princípios morais desde a infância e não mata. Mas também não pensa duas vezes antes de começar a agredir outra pessoa. Verborragicamente. Nas atitudes. Nas expressões. Destroi o seu celular jogando-o no chão em um segundo de gesto intempestivo.

Ambos moram em uma pequena cidade no meio do nada na Inglaterra. Não aguentam ficar em casa com as famílias – ou o que restou delas. Não se conectam com outras pessoas de sua faia etária porque acham todo mundo um saco. Tudo o que eles desejam é fugir da realidade onde estão mergulhados. Não planejam o futuro, entretanto, vão apenas surfando na onda do que fazem em seus dias repletos de marasmo. E violência.

Depois de se conhecerem de uma maneira nada ortodoxa acabam por desenvolver uma amizade nada ortodoxa, simplesmente pelo fato de um enxergar no outro o misfit que é. A amizade logo vira um namoro também nada ortodoxo e logo depois uma fuga desplanejada de casa. Rumo a lugar nenhum. Rumo a qualquer lugar onde possam se sentir melhor.

Assim é a história de The End Of The F***ing World (Reino Unido, 2017 – Channel 4/Netflix), série baseada na graphic novel de mesmo nome assinada pelo americano Chuck Forsman e cuja primeira temporada, com oito episódios de cerca de vinte minutos cada, acaba de ser disponibilizada para ser maratonada em tempo recorde. Com a produção feita pelo canal britânico expert em seriados (entre eles outros famosos por explorar o tema do universo adolescente como Skins e Inbetweeners), TEOTFW chega com tudo para se tornar o mais novo culto entre os adeptos do universo nerd baseado no eixo filmes-séries-HQ.

Com o roteiro e direção de Jonathan Entwistle trazendo boas diferenças em relação às páginas de Forsman – inclusive personagens inexistentes na graphic novel, como as parceiras policiais lésbicas – a série começa com tons de comédia mas vai virando um drama denso, com os dois protagonistas muito bem desenvolvidos. Conforme o público vai conhecendo detalhes do passado de James (Alex Lawther, mais conhecido dos brasileiros pelo pelo episódio Shut Up And Dance de Black Mirror) e Alyssa (Jessica Barden, também famosa por outro seriado, Penny Dreadful) mas vai entendendo melhor a complexa tessitura psicológica que os leva a fazer tudo o que fazem. Também merece destaque a construção dos personagens secundários, como a mãe, o pai e o padrasto da garota; o pai viúvo do menino; e a principal policial da dupla destacada para investigar o sumiço dos dois.

E o que dizer da caprichada trilha sonora, que explora grandes ícones do rock como Wanda Jackson (acompanhada pelos discípulos do Cramps), Hank Williams (cuja música ilustra uma das cenas icônicas desta temporada), Graham Coxon (o guitarrista e compositor das faixas mais interessantes do Blur, aqui com um punhado de músicas da carreira solo e nome por trás da seleção de faixas), Mazzy Star (nada melhor do que uma banda shoegaze de primeira para momentos mais melancólicos) e as francesas Soko e Françoise Hardy (dando uma ligeira mudada no idioma e tornando tudo mais cool). Isso sem falar na bela cinematografia, que traz uma bela homenagem ao cineasta Wes Anderson e seus enquadramentos simétricos, com as pessoas no centro da tela e os cenários coloridos.

Depressão, antissocialidade, psicopatia, sociopatia, pedofilia, suicídio, homicídio, violência contra animais, desajustes morais. Moleques assustados, adultos omissos. Resposnabilidade quase zero. Com esta versão teenager do casal de Assassinos Por Natureza pela frente, é preciso ter estômago forte e um certo senso mórbido e negro de humor. Para James e Alyssa tudo na vida é tão incerto quanto apaixonante/tedioso. Para o espectador que vê todos os episódios de uma tacada só (pouco mais de duas horas e meia, tal qual um longa-metragem) fica o impacto inicial da produção ousada comandada por Entwistle e as grandes atuações de Barden e Lawther, acompanhado de um convite para a reflexão que fica martelando a cabeça nos dias seguintes à experiência. Sobretudo por causa das transformações que vão ocorrendo no comportamento e na mentalidade do casal ao longo dos oito capítulos.

O final cliffhanger deixa em aberto a possibilidade da segunda temporada, ainda não anunciada. Será que vem mais violência por aí? Alyssa e James ressurgirão de outra forma? Nos quadrinhos de Forsman, a aventura deles pelo mundo dura meses. Pelo que se viu até a gora na série, apenas alguns dias. Talvez neste detalhe resida a resposta que os fãs recém-conquistados desejam tanto ter logo.

Movies

Audrey Hepburn

Vinte e cinco curiosidades para marcar os 25 anos de morte de atriz que virou sinônimo de elegância e estilo em Hollywood

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Texto por Flavio St Jayme (Pausa Dramática)

Foto: Reprodução

Atriz premiada, bailarina, defensora das causas humanitárias, Audrey Hepburn é até hoje um dos maiores ícones do cinema. Sua interpretação de Holly Golightly no filme Bonequinha de Luxo é uma das mais conhecidas e amadas da sétima arte. Ícone de elegância, Hepburn – cujo nome completo era Edda van Heemstra Audrey Kathleen Hepburn-Ruston – é considerada uma das maiores lendas femininas da idade de ouro de Hollywood, ficando atrás apenas de Katherine Hepburn e Bette Davis. Foi a terceira mulher na história do cinema e a quinta dentre todos os artistas a conseguir ganhar as quatro principais premiações do entretenimento norte-americano, o EGOT (os prêmios Emmy, Grammy, Oscar e Tony). A partir de 1967 colocou, por vontade própria, a carreira em modo de quase aposentadoria, pouco voltando a atuar no cinema e na televisão para se dedicar mais à família. Faleceu em 20 de janeiro de 1993, aos 63 anos, de câncer, na cidade de Tolochenaz, Suíça.

Para marcar os 25 anos de morte de Audrey Hepburn, aqui estão 25 curiosidades sobre a atriz.

>> Audrey era poliglota. Nascida em uma pequena aldeia belga, a mãe era holandesa e o pai britânico. Ela falava fluentemente inglês, holandês, francês, italiano e espanhol.

>> A atriz também abraçou as causas humanitárias. Tendo sofrido pessoalmente com as consequências da Segunda Guerra, ela se tornou embaixadora da Unicef, viajando a várias regiões carentes pelo mundo.

>> Ainda muito jovem, também durante a Guerra, ela participou ativamente dos movimentos da Resistência. Fez espetáculos de dança clandestinos para angariar fundos, abrigou garotas refugiadas em sua casa, além de transportar recados políticos, que escondia dentro das sapatilhas de dança.

>> Audrey estudou para ser bailarina. Porém não conseguiu ascender na carreira por conta da fragilidade de seu corpo por causa do sofrimento durante a guerra.

>> Sua revolucionou o padrão de beleza das mulheres da época, fugindo cada vez mais do estilo pin-up (como o de Marilyn Monroe) em benefício de um visual mais simples, acessível e, ao mesmo tempo, impecável e sofisticado.

>> Audrey Hepburn recebeu um salário de US$ 750 mil por sua atuação em Bonequinha de Luxo (1961), o segundo maior salário pago até então a uma atriz. Ficou atrás apenas de Eliabeth Taylor, que embolsou US$ 1 milhão pelo filme Cleópatra.

>> Inicialmente, Bonequinha de Luxo seria dirigido por John Frankenheimer e estrelado por Marilyn Monroe. Após a substituição de Marilyn, a atriz declarou que jamais havia ouvido falar de Frankenheimer e fez pressão para que outro diretor fosse contratado em seu lugar. Foi exatamente o que aconteceu. Outra exceção feita para o filme: a joalheria Tiffany’s abriu pela primeira vez em um domingo desde o século 19, apenas para que as filmagens dentro da loja pudessem ser realizadas.

>> O vestido usado por Audrey em Bonequinha de Luxo foi leiloado por 800 mil dólares e o dinheiro revertido para a construção de 15 escolas para crianças pobres indianas.

>> Em 1993, foi dado à atriz o prêmio Jean Hersholt Humanitarian Award (prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas), por seu trabalho como embaixadora da Unicef. Quem o recebeu foi seu filho, Sean Hepburn Ferrer.

>> Das primeiras aparições que fez na televisão, Audrey Hepburn (1,70m) foi criticada pelos seus pés excessivamente grandes e descrita como demasiado alta, ossuda e máscula. Anos mais tarde, a atriz fora considerada pela elite da moda americana como o ideal de beleza e o ícone de uma figura física perfeita.

>> Em 1990, uma nova espécie de tulipa branca foi criada e recebeu o nome da atriz, em sua homenagem.

>> Audrey teve de lutar por sua sobrevivência durante a ocupação nazista na Holanda. A base de sua alimentação era grama, tulipas e endívia. Ela também costumava beber bastante água para ter a impressão que a barriga estava cheia. Ao final da guerra, ela tinha apenas 39 quilos, sofria de asma, icterícia, anemia e uma forma de edema.

>> Durante a guerra, Audrey recebeu sete barras de chocolate de um soldado holandês. Isso a ajudou a sobreviver durante a ocupação alemã. Durante toda a sua vida ela iria devorar chocolates sempre que os visse. Eles costumavam ficar espalhados por toda a casa, nos quartos e salas. Audrey também amava macarrão e vinho, principalmente o escocês.

>> A atriz começou a fumar aos 15 anos, durante a guerra, para se acalmar. O hábito perduraria por toda sua vida, em menor ou maior escala. Houve períodos em sua vida em que chegou a fumar três carteiras por dia. Sua marca preferida era Kent.

>> Audrey foi casada três vezes. A primeira com o ator Mel Ferrer, durante 15 anos. A segunda com o psiquiatra Andrea Dotti por 13 anos. O ator Robert Wolders foi o último marido e ficou ao lado dela até sua morte. Segundo Dotti, sua ex-esposa dizia que Robert foi o homem que mais amara na vida.

>> Ela gostava de fazer suas compras e fazer suas receitas. Dentre seus famosos pratos estavam o espaguete ao molho de tomate ou pesto, torta de chocolate com creme de leite e tortinha de bata e cebola. A atriz servia os pratos para sua família e amigos íntimos. Seu filho reuniu 65 receitas no livro dedicado a ela.

>> Audrey era uma grande fã da bossa nova. Ouvia Astrud Gilberto, João Gilberto e Sérgio Mendes.

>> Foi assistente de dentista antes de tornar-se atriz.

>> Audrey escolheu três vestidos do estilista Hubert de Givenchy para o filme Sabrina (1954), dando início a uma longa amizade entre os dois. A elegância de Givenchy colocou a atriz em outro nível entre as demais atrizes da época. A lendária revista Silver Screen afirmou, na época, que ela “estava mudando o padrão das mulheres hollywoodianas”.

>> Givenchy criou em 1957 o perfume L’Interdit para o uso pessoal de Audrey Hepburn. Ela foi a única pessoa a usar este perfume por alguns anos, até que o produto foi finalmente lançado comercialmente nos anos 1960.

>> A escritora francesa Colette notou a atriz em um lobby de hotel em Mônaco quando planejava montar a peça Gigi, baseada em seu romance de mesmo nome, de 1944. Ela imediatamente percebeu que tinha encontrado a estrela do espetáculo. Mais tarde, Hepburn viria a representar Gigi na Broadway.

>> Em seu primeiro papel no cinema a atriz já emplacou o Oscar de Melhor Atriz. Os produtores estavam certos de que quem era perfeita para o papel principal em A Princesa e o Plebeu (1953) era a consagrada Elizabeth Taylor. Porém, o diretor do filme apostou na sinceridade e talento da inexperiente Audrey. O nervosismo dela foi tanto que, ao invés de beijar a bochecha do presidente da Academia ao receber a estatueta, ela o beijou na boca.

>> A atriz tinha hidrofobia (medo de água). Nas gravações que envolviam água ou piscina, sempre estava por perto uma equipe de salva-vidas e mergulhadores.

>> Nas filmagens de O Passado Não Perdoa (1960), Audrey Hepburn ficou gravemente ferida ao cair de um cavalo. Grávida, voltou a trabalhar após seis semanas internada, usando um colete ortopédico. Contudo, acabou perdendo o bebê.

>> O último filme da atriz foi Além da Eternidade (1989), que marcou o fim da sua carreira e um dos grandes fracasso de bilheteiras de Steven Spielberg como diretor.

Movies, News

Oscar 2018 – Indicações

Dezoito curiosidades sobre os concorrentes do ano em que A Forma da Água lidera a lista com presença em treze categorias

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Texto por Abonico R. Smith

Fotos: Divulgação

Às onze e meia (horário de Brasília) desta terça 23 de janeiro, os atores Andy Serkis e Tiffany Haddish apresentaram os indicados para a nonagésima edição dos Academy Awards. Em 2018, a cerimônia será realizada novamente no Teatro Dolby, em Los Angeles, na noite de 4 de março.

Aqui estão algumas das curiosidades sobre os indicados deste ano à estatueta mais cobiçada da temporada de prêmios do cinema norte-americano.

>> O recordista de indicações do ano é A Forma da Água. São no total treze indicações havendo um equilíbrio entre as principais categorias e as técnicas. A fantasia de Gullermo del Toro, que reafirma sua grande paixão por monstros e outras criaturas esquisitas, concorre a filme, direção, atriz, atriz coadjuvante, ator coadjuvante, roteiro adaptado, direção de arte, figurino, fotografia, edição, edição de som, mixagem de som e trilha sonora. Ficou a apenas uma indicação de igualar o recorde de 14, obtido por A Malvada, Titanic e La La Land. Depois de A Forma da Água, a lista com maior número de indicações segue com Dunkirk (oito), Três Anúncios Para um Crime (sete) e A Trama Fantasma (seis).

>> É de praxe nas cerimônias do Oscar que o filme vencedor da noite tenha concorrido também na categoria de direção. Em 2018, Três Anúncios Para um Crime pode quebrar esta regra. O britânico Martin McDonagh, que também assina o roteiro, só concorre por esta função. Curiosamente ele não ficou entre os cinco diretores finalistas. Seu filme é o mais forte concorrente de A Forma da Água na corrida para a principal estatueta, tendo levado agora neste mês janeiro, inclusive, o Globo de Ouro e o conjunto de elenco no prêmio dado pelo sindicato dos produtores de Hollywood (por sinal, o mais forte termômetro para a eleiçãoo de melhor filme dos Academy Awards)

>> Na lista dos cinco longas de língua não–inglesa, a grande surpresa ficou para a ausência do alemão Em Pedaços, vencedor do Globo de Ouro deste ano e considerado até então o favorito para o Oscar. Desta maneira, o principal candidato ao prêmio passa a ser o sueco The Square – A Arte da Discórdia, que no ano passado já ficara com a Palma de Ouro do Festival de Cannes.

>> Quem andava reclamando nos últimos anos sobre a ausência de filmes de super-herói nas listas de concorrentes ao Oscar já pode parar com o mimimi. Logan, a obra de despedida do ator Hugh Jackman como o mutante Wolverine, abocanhou uma das vagas na disputa para roteiro adaptado e quebrou um tabu de 87 anos sem a presença de um filme vindo dos quadrinhos entre os concorrentes. E mais uma vez a Marvel vence a batalha particular com a eterna rival DC Comics, já que a badalada estreia de Mulher Maravilha nas grandes telas não levou qualquer indicação.

>> James Franco ficou de fora da festa. O ator e diretor de O Artista do Desastre há vários dias vem recebendo acusações de assedio sexual por parte de atrizes com quem já trabalhara e este pode ter sido o fator decisivo da ausência de seu nome na lista de atores concorrentes, antes dado como certo, assim como a inclusão na disputa por melhor filme. O longa, que já tinha sido um desastre de bilheteria nos EUA, acabou também sendo um desastre de total de indicações: recebeu apenas uma, para roteiro adaptado. Este é mais sinal de fracasso na carreira de Tommy Wiseau, misterioso ator/diretor/produtor a quem Franco interpreta na cinebiografia.

>> O papel da socialite e empresária da comunicação Kay Graham em The Post: A Guerra Secreta garantiu a vigésima primeira indicação ao Oscar de Meryl Streep, vencedora em três ocasiões. Recorde absoluto na indústria dos cinemas nas categorias de interpretação, aliás. Entre os representantes masculinois, Denzel Washington obteve a sua oitava inclusão entre os finalistas, por sua atuação como o advogado idealista cujo nome dá título ao filme Roman J. Israel, Esq. No ano passado ele também concorrera à estatueta de ator principal.

>> Lady Bird – A Hora de Voar deu a Greta Gerwig a quinta indicação feminina ao prêmio de direção em toda a História do Oscar. Bem pouco para noventa anos de cerimônia, aliás. Muito pouco. Além de ser o filme que recebeu mais críticas positivas em toda a História do cinema americano, Lady Bird abocanhou cinco indicações no total (filme, direção, atriz, atriz coadjuvante e roteiro)

>> Dois monstros do indie rock estão entre os indicados ao Oscar neste ano. Jonny Greenwood, guitarrista do Radiohead, assina a trilha sonora original de A Trama Fantasma. E uma das duas faixas inéditas compostas e gravadas por Sufjan Stevens colocou Me Chame Pelo Seu Nome para concorrer também na categoria de Canção Original.

>> Já faz vinte anos que um filme brasileiro não concorre ao Oscar mas em 2018 o país não ficou de fora da cerimônia. O produtor Rodrigo Teixeira pode ser um dos nomes a receber a estatueta se Me Chame Pelo Seu Nome levar o prêmio principal da noite. Carlos Saldanha, criador de obras como Rio e A Era do Gelo, voltou a ser indicado em animação de longa-metragem por O Touro Ferdinando.

>> Todos os dez atores e atrizes coadjuvantes indicados neste ano já passaram dos 40 anos de idade.

>> Daniel Day-Lewis anunciou que Trama Fantasma será seu filme de despedida da indústria cinematográfica. Por este filme ele recebeu a sua sexta indicação, tendo vencido em duas ocasiões.

>> A aversão do diretor Christopher Nolan a imagens criadas por computador impulsionou a grandiloquência de Dunkirk, considerado por muitos críticos o melhor filme de 2017. Para contar a história da evacuação dos militares francesas da praia de Dunquerque durante a Segunda Guerra Mundial, ele contou com cerca de seis mil extras no set de filmagem. O filme também foi rodado no antigo formato de 70mm para dar mais amplidão às cenas em terra, no mar e no ar.

>> Submerso em uma tonelada de próteses e maquiagens, Gary Oldman fica irreconhecível como o primeiro-ministro Winston Churchill em O Destino de uma Nação. Sua atuação impecável em gestos e interpetação o colocam como favorito disparato para o prêmio de melhor ator da noite. O filme – que também deve levar a segunda estatueta no quesito “maquiagem e cabelo” – também retrata a retirada estratégia das tropas militares do Reino Unido da praia francesa de Dunkirk. Contudo, o foco fica nos bastidores do poder no parlamento britânico.

>> Azarão da noite, Corra! obteve o feito de ser um filme de terror indicado à principal categoria. A obra também concorre a outros três prêmios (direção, ator e roteiro original). Bastante badalado pela imprensa mundial à época de seu lançamento, a produção custou apenas cinco mil dólares (baixíssimo orçamento para os padrões normais de filmes oscarizáveis) e arrebatou mais de 250 milhões nas bilheterias.

>> Curiosamente, as categorias edição de som e mixagem de som apresentam os mesmos cinco finalistas. A primeira categoria cuida da captação – através de microfones – dos sons em uma cena, como as falas dos atores envolvidos como a captação do ambiente. Entretanto, pode haver a melhoria deste trabalho na pós-produção, desde que não derrube a verossimilhança do filme. Já a segunda indica todo o trabalho de design feito para dar a identidade sonora a uma obra, incluindo músicas e efeitos.

>> Sempre que um desenho da Disney ou da Pixar está entre os indicados de melhor longa-metragem de animação ele automaticamente se torna o franco favorito da categoria. Neste ano quem ocupa o cargo é Viva: A Vida é Uma Festa, que tem como tema central a morte e celebra a cultura mexicana do Dia de Los Muertos. Entretanto, na mesma categoria, um outro título chama muito a atenção. Produção divida entre a Polônia e o Reino Unido, Com Amor, Van Gogh remonta os últimos dias do pintor holandês através da investigação da possibilidade dele ter sido assassinado. Para homenagear o artista, cada um dos frames rodados com atores reais ganhou um meticuloso processo de pintura à mão feita por pinceladas de aquarela. Isto dá a impressão de eterno movimento às cenas filmadas com atores em estúdio (Saoirse Ronan, protagonista e indicada por Lady Bird, participa do elenco).

>> Às vésperas de completar 90 anos de idade, a cineasta belga Agnes Varda recebe a indicação ao Oscar por seu trabalho no documentário Faces Places. Ao lado do amigo e fotógrafo JR, ela viaja por várias cidades rurais francesas com um caminhão e o objetivo de capturar imagens da forma mais mágica possível.

>> Às vésperas dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1994, a jovem patinadora Tonya Harding viu seu talento ficar para segundo plano nas manchetes da imprensa mundial. Ela tornou-se mais conhecida pelo ataque covarde feito à rival Nancy Kerrigan, como fruto de um misto de insegurança, inveja e medo de perder a disputa na competição para a qual estava se preparando. Kerrigan teve a perna direita quebrada pelo marido de Tonya e o segurança do casal. Na cinebiografia Eu, Tonya, Allison Jenney interpreta a mãe que impõe a Harding desde criança uma obsessiva rotina de maus-tratos e humilhações. Por esta performance, Jenney vem ganhando todos os prêmios de atriz coadjuvante da temporada.

LISTA COMPLETA DAS INDICAÇÕES

Filme

Me Chame Pelo Seu Nome

O Destino de uma Nação

Dunkirk

Corra!

Lady Bird – A Hora de Voar

Trama Fantasma

The Post: A Guerra Secreta

A Forma da Água

Três Anúncios para um Crime

Diretor

Christopher Nolan (Dunkirk)

Jordan Peele (Corra!)

Greta Gerwig (Lady Bird – A Hora de Voar)

Paul Thomas Anderson (Trama Fantasma)

Guillermo Del Toro (A Forma da Água)

Atriz

Sally Hawkins (A Forma da Água)

Frances McDormand (Três Anúncios Para um Crime)

Margot Robbie (Eu, Tonya)

Saoirse Ronan (Lady Bird – A Hora de Voar)

Meryl Streep (The Post: A Guerra Secreta)

Ator

Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome)

Daniel Day-Lewis (Trama Fantasma)

Daniel Kaluuya (Corra!)

Gary Oldman (O Destino de uma Nação)

Denzel Washington (Roman J. Isreal, Esq.)

Atriz coadjuvante

Mary J Blige (Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississipi)

Allison Jenney (Eu, Tonya)

Lesley Manville (Trama Fantasma)

Laurie Metcalf (Ladybird – A Hora de Voar)

Octavia Spencer (A Forma da Água)

Ator coadjuvante

Willem Dafoe (Projeto Flórida)

Woody Harrelson (Três Anúncios Para um Crime)

Richard Jenkins (A Forma da Água)

Christopher Plummer (Todo Dinheiro do Mundo)

Sam Rockwell (Três Anúncios Para um Crime)

Roteiro original

Doentes de Amor

Corra!

Lady Bird – A Hora de Voar

A Forma da Água

Três Anúncios Para um Crime

Roteiro adaptado

Me Chame Pelo Seu Nome

O Artista do Desastre

Logan

A Grande Jogada

Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississipi

Filme estrangeiro (em língua não inglesa)

Uma Mulher Fantástica (Chile)

O Insulto (Líbano)

Loveless (Rússia)

Corpo e Alma (Hungria)

The Square – A Arte da Discórdia (Suécia)

Animação

O Poderoso Chefinho

The Breadwinner

Viva: A Vida é uma Festa

O Touro Ferdinando

Com Amor, Van Gogh

Documentário

Abacus: Small Enough To Jail

Faces Places

Icarus

Os Últimos Homens em Aleppo

Strong Island

Curta-metragem

DeKalb Elementary

The Eleven O’Clock

My Nephew Emmett

The Silent Child

Watu Wite/All Of Us

Animação em curta-metragem

Dear Basketball

Garden Party

Lou

Negative Space

Revolting Rhymes

Documentário em curta-metragem

Edith + Eddie

Heavy Is a Traffic Jam On The Road 405

Heroin(e)

Knife Skills

Traffic Stop

Direção de arte

A Bela e a Fera

Blade Runner 2049

O Destino de uma Nação

Dunkirk

A Forma da Água

Figurino

A Bela e a Fera

O Destino de uma Nação

A Trama Fantasma

A Forma da Água

Victoria e Abdul – O Confidente da Rainha

Maquiagem e cabelo

O Destino de uma Nação

Victoria e Abdul – O Confidente da Rainha

Extraordinário

Fotografia

Blade Runner 2049

O Destino de Uma Nação

Dunkirk

Mudbound – Lágrima Sobre o Mississipi

A Forma da Água 

Edição

Baby Driver – Em Ritmo de Fuga

Dunkirk

I, Tonya

A Forma da Água

Três Anúncios Para im Crime

Efeitos visuais

Blade Runner 2049

Os Guardiões da Galáxia, Vol.2

Kong: A Ilha da Caveira

Star Wars: Os Últimos Jedi

Planeta dos Macacos: A Guerra

Edição de som

Baby Driver – Em Ritmo de Fuga

Blade Runner 2049

Dunkirk

A Forma da Água

Star Wars: Os Últimos Jedi

Mixagem de som

Baby Driver – Em Ritmo de Fuga

Blade Runner 2049

Dunkirk

A Forma da Água

Star Wars: Os Últimos Jedi

Trilha Sonora

Dunkirk

A Trama Fantasma

A Forma da Água

Star Wars: Os Últimos Jedi

Três Anúncios Para um Crime

Canção original

“Might River” (Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississipi)

“Mystery Of Love” (Me Chame Pelo Seu Nome)

“Remember Me” (Viva: A Vida é uma Festa)

“Stand Up For Something” (Marshall)

“This Is Me” (O Rei do Show)