Oito motivos para não perder o show da cantora inglesa, que passa por três capitais brasileiras antes do Rock in Rio

Texto por Janaina Monteiro
Foto: Divulgação
Não é todo dia que uma cantora vencedora do Grammy se apresenta em turnê pelo Brasil. Pois esse já é um dos motivos para conferir o show de Corinne Bailey Rae, que aproveita sua passagem pelo Rock in Rio 2022 (dia 8 de setembro) para se apresentar antes em Curitiba (1), Belo Horizonte (3) e São Paulo (5) – mais informações sobre locais, preços, ingressos você encontra clicando aqui.
Muita gente, entretanto, não associa o nome à voz da cantora britânica. Ou seja, é possível que você indague a alguém se conhece a Corinne Bailey Rae. E é bem provável que essa pessoa responda que nunca ouviu falar! Se isso acontecer, deve ser refeita a pergunta “Sabe aquela música da novela Páginas da Vida, chamada “Put Your Records On”?” e comece a cantarolar. Aí, sim! O gatilho é automático.
Nascida na cidade inglesa de Leeds, Corinne alcançou o estrelato em 2006 com seu autointitulado álbum de estreia (que chegou ao número 1 em vendas no Reino Unido), apresentando os sucessos globais “Put Your Records On”, que hoje tem quase 500 milhões de reproduções apenas no Spotify, e “Like A Star”. Apesar de ter apenas três discos lançados, ela não pode ser considerada uma artista one hit wonder. Corinne, dona de uma das vozes mais doces de sua geração, já assinou composições com produtores famosos e teve uma guinada na carreira depois de perder o marido Jason Rae, um saxofonista escocês com quem se casara em 2001. Ele foi encontrado morto em 2008, com suspeita de overdose. Ela conseguiu superar a fase do luto e, pouco tempo após a morte do marido, lançou outro trabalho, batizado The Sea. O último disco da cantora veio seis anos depois e se chama The Heart Speaks in Whispers.
Portanto, para aquecer os corações no finzinho deste inverno, o Mondo Bacana lista oito motivos para não perder a passagem desta britânica de linda voz por terras brasileiras.
Cantora premiada
Corinne já ganhou dois Grammy, dois Mobos, além de ter recebido várias indicações para o Brit e o Bet Awards. O primeiro Grammy veio em 2008 na categoria Álbum do Ano, ao participar de River: The Joni Letter, de Herbie Hancock. O segundo veio com o EP Is This Love, pelo qual recebeu o prêmio de Melhor Performance de R&B. Já o álbum The Sea foi indicado ao Mercury Music Prize, o prêmio máximo da indústria fonográfica britânica.
Sucesso de crítica
Corinne é muito querida pela crítica musical, especialmente a britânica. Tanto é que, em 2016, o jornal The Guardian considerou o álbum The Heart Speaks in Whispers o melhor disco de R&B daquele ano. O trabalho incluía a impressionante “Green Aphrodisiac”, nomeada pela Billboard como uma das dez melhores músicas de R&B de 2016 e selecionada pelo então presidente Barack Obama para sua famosa playlist anual de verão.
Flerte com vários gêneros
Filha de mãe inglesa e um pai caribenho, a cantora começou cantando em coros na igreja, assim como várias intérpretes da soul music. Depois passou a se aventurar a mesclar outros estilos como o jazz e o pop.
Versões fofinhas
No show de Corinne, podemos esperar uma mistura de canções, das mais intimistas às mais alegres. Certamente haverá espaço para alguma cover famosa, como “Is This Love”, de Bob Marley. Esta faixa está presente no EP The Love, no qual também regravou “My Love” (Paul McCartney), “Low Red Moon” (Belly), “I Wanna Be Your Lover” (Prince) e “Que sera sera (Whatever Will Be Will Be)”, (imortalizada na voz de Doris Day). Bailey Rae ainda gravou a versão de “The Scientist” (Coldplay) para a trilha sonora do filme 50 Tons Mais Escuros, e participou do álbum Instant Karma, tributo a John Lennon, interpretando “I’m Losing You”.
Parcerias de peso
A cantora continua a colaborar e se apresentar com artistas de vários gêneros musicais, incluindo nomes como Paul McCartney, Mary J Blige, Al Green, Herbie Hancock, KING, Kele Okereke (Bloc Party), ?uestlove, Salaam Rami, RZA, Tyler The Creator, Paul Weller, Stevie Wonder, Tracey Thorn, Logic e Mick Jenkins.
Voz de veludo
Ela já foi comparada a de Billie Holiday, Lauryn Hill e Macy Gray. Foi definida pelo The Guardian como sendo “calorosa e intimista”. Lady Gaga, certa vez ,disse que, ao ouvir Corinne pela primeira vez, ficou enlouquecida e queria saber de quem era aquela voz “brilhante”.
Gosto pela música brasileira
A cantora se inspira na música brasileira e disse que a bossa nova de João Gilberto e Tom Jobim é uma grande influência na sua música. Além disso, disse em uma entrevista à imprensa brasileira que também é fã de Elis Regina.
Tire o atraso da pandemia
Depois do período crítico da covid-19, os shows voltaram a acontecer e estão jorrando por aí em demanda represada. Portanto, vista seu jeans desbotado e aproveite seu encontro com Corinne Bailey Rae!