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O Último Duelo

Ridley Scott debate a manipulação social do século 16 com roteiro que leva as assinaturas de Matt Damon e Ben Affleck

Texto por Marden Machado (Cinemarden)

Foto: Fox/Divulgação

O britânico Ridley Scott parece não ter planos de se aposentar tão cedo. Aos 84 anos, ele continua bastante ativo, seja como produtor ou diretor. Somente neste ano há dois filmes novos seus chegando às telas. O primeiro deles é O Último Duelo (The Last Duel, EUA/Reino Unido, 2021 – Fox), baseado no romance homônimo de Eric Jager, adaptado pelos atores Matt Damon e Ben Affleck (que não escreviam um roteiro juntos desde O Gênio Indomável, de 1997) e pela cineasta Nicole Holofcener.

A história tem por inspiração um fato ocorrido na França no século 14, quando o cavaleiro Jean de Carrouges (Damon) desafiou o escudeiro Jacques Le Gris (Adam Driver) para um duelo, por ele ter estuprado sua esposa Marguerite (Jodie Comer). Naquela época, a palavra de uma mulher (ou melhor, a própria mulher) não valia nada. E é a partir da denúncia feita por ela que acompanhamos a trama contada por três pontos de vista distintos: o de Jean, de Jacques e o de Marguerite.

Ridley Scott é um diretor de mão segura e um ótimo contador de histórias. O Último Duelo nos revela, além da excepcional reconstituição de época, um debate sobre a maneira como a igreja está abraçada com a realeza e como esse poder real é facilmente manipulado. O elenco é muito bom, com destaque para o trio central que conduz a narrativa.

Em tempo: o outro filme de Scott a ser lançado em 2021 é Casa Gucci, previsto para dezembro.

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