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Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Personagem da Marvel conhecido nos quadrinhos pela alcunha de Mestre do Kung Fu ganha adaptação cinematográfica à altura

Texto por Marden Machado (Cinemarden)

Foto: Marvel/Buena Vista/Divulgação

Não é de hoje que a Marvel vem recrutando diretoras e diretores do cinema independente para dirigir seus filmes de super-heróis. Sendo assim, não causou nenhuma surpresa a contratação do cineasta havaiano Destin Daniel Cretton para a direção de Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (Shang-Chi And The Legend Of The Ten Rings, EUA, 2021 – Marvel/Buena Vista/Disney), filme que passou sem ser muito percebido pelos cinemas brasileiros e agora chega via streaming no Disney+.

Cretton vinha de dramas como Temporário 12O Castelo de Vidro Luta Por Justiça, filmes bem distintos de qualquer produção do estúdio da “casa de ideias”. Chamou mais atenção o fato de adaptar um herói como Shang-Chi. Afinal, ele surgiu em 1974, em meio ao grande sucesso das artes marciais no cinema e na televisão. Mas o Mestre do Kung Fu, como era chamado nos quadrinhos, não apenas merecia como teve um filme à altura. O roteiro, escrito pelo próprio Cretton junto a Dave Callaham e Andrew Lanham, segue a clássica estrutura de uma história de origem, mas, ao mesmo tempo, insere diversos novos elementos ao Universo Cinematográfico Marvel (UCM).

O jovem Shang-Chi (Simu Liu) foi treinado por seu pai (Tony Chiu-Wai Leung) desde criança para se tornar um grande lutador e herdeiro dos anéis do título. No entanto, ao perceber o futuro que lhe foi reservado, ele sai da China e vai morar em San Francisco, na Califórnia, onde fica amigo de Katy (Awkwafina). Até que seu passado bate à porta e faz com que precise acertar contas com sua herança paterna e materna.

Tudo funciona organicamente aqui e o mais interessante é que o diretor faz referência aos três mais conhecidos estilos de luta chineses. Temos aquela rápida e direta popularizada por Bruce Lee. Há também a meio desengonçada a la Jackie Chan. Por fim, aquela belissimamente coreografada que parece um balé de obras como A Tocha de ZenO Tigre e o Dragão O Clã das Adagas Voadoras. Outra coisa muito legal é que, na maior parte do tempo, os chineses falam mandarim.

Shang-Chi, agora, está devidamente integrado ao UCM e trata-se de uma importante adição. Em tempo: há duas cenas pós-créditos.

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