Movies

Escape Room

Aventura de escape de salas fechadas através de pistas escondidas chega às telas em história que não empolga

escaperoom2018

Texto por Leonardo Andreiko

Foto: Sony Picutres

A premissa de Escape Room (EUA/África do Sul, 2018 – Sony Pictures) é simples convenção de gênero: desconhecidos entre si são postos à prova, lutando contra a morte. Seus personagens são ainda mais convencionais, mantendo-se em seus estereótipos durante todo o longa. Quase dois anos após o último episódio de Jogos Mortais (que obteve críticas decepcionantes), parece conveniente repetir a fórmula bilionária, mesmo que ela já tenha saturado o suficiente. Uma ideia que, mercadologicamente, teria tudo para dar certo.

Mas não dá. A direção de Adam Robitel, que fez Sobrenatural: A Última Chavee escreveu Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma, leva o filme a caminhos já trilhados à exaustão, abusando de convenções de gênero para construir algo previsível. Aqui, os seis protagonistas (apenas dois homens brancos, demonstrando uma feliz inclusão) devem sobreviver a desafiadoras Escape Rooms, jogos imersivos onde você precisa encontrar pistas para escapar de salas. Neste caso, porém, cada local brinca com os traumas de cada personagem, uma escolha clichê que poderia abrir portas para a construção de personagens. O mistério por trás da corporação apontada como a grande vilã do filme quase funciona, mas se desmantela num terceiro ato decepcionante, que desconstrói todos os pontos altos do longa-metragem.

São poucos os destaques, na verdade. O design de produção é bom, criando salas repletas de detalhes, porém é pouco aproveitado pelo roteiro, que busca soluções óbvias para seus puzzles e não se esforça em imergir o espectador neles; O elenco tem nomes competentes, como Deborah Ann Woll e Jay Ellis, porém ofuscados pela falta de construção de personagens da trama.

Sem empolgar nas cenas de ação, apostando em montagem confusa e em uma trilha sonora maçante trabalhada por um desenho de som igualmente confuso, Escape Roomé deaques filmes com nada a dizer. O único objetivo é o escapismo, mas nem isso diverte o espectador, já que cai para uma experiência monótona e forçada.

Deixe um comentário