Quarenta curiosidades para celebrar os 40 anos de publicação da primeira tira do gato mais preguiçoso do mundo

Texto por Flavio St. Jayme (Pausa Dramática)
Foto: Reprodução
Neste ultimo dia 19 de junho de 2018, o gato mais preguiçoso e famoso do mundo completou 40 anos de publicação. Já faz quatro décadas que Garfield atormenta a vida de Jon e Odie e nos deixa a cada dia mais apaixonados por ele. Para marcar a data, aqui vão 40 curiosidades sobre a história de Garfield.
>> A primeira aparição de Garfield se deu em 19 de junho de 1978. A primeira tirinha foi publicada em 41 jornais dos Estados Unidos. No Brasil, elas só chegaram em 1985.
>> Garfield foi batizado em homenagem ao avô do cartunista, John Garfield Davis, que morreu quando Jim Davis tinha 6 anos. Segundo ele, seu avô, assim como o gato, era “ranzinza por fora”, mas tinha “um coração mole por dentro”.
>> Ele adora comer lasanha. Jim também.
>> Originalmente, as tirinhas de Garfield eram centradas no dono do gato, Jon Arbuckle. Quando levou seu trabalho às editoras querendo publicá-lo, Jim Davis foi orientado a deixar o protagonismo das histórias com o felino e assim o fez.
>> Garfield é extremamente preguiçoso e tem alergia às segundas-feiras. Segundo o gato, elas seriam melhores “se começassem mais tarde”.
>> Ele vive humilhando seu dono, Jon Arbuckle, e seu fiel companheiro, o cachorro Odie. Aliás, já declarou que os “cachorros são a forma que a natureza encontrou para nos dizer que poderíamos estar em pior situação”.
>> Jon é cartunista. Isso é dito somente na primeira tirinha de Garfield publicada.
>> A Suécia, junto com a Noruega e a Finlândia, é um dos três países nos quais Garfield foi rebatizado. Por lá, o felino é conhecido como Gustav.
>> Garfield é do signo de gêmeos — o gato comemora o seu aniversário no dia 19 de junho, data de sua estreia nos jornais. Seu criador, Jim Davis, é leonino.
>> Inicialmente publicada em 41 jornais (1978), a tira aumentou o número de periódicos que publicavam as suas histórias diárias – já eram cem em 1979 e 2,5 mil em 1995. Garfield é publicado em 111 países e lido diariamente por cerca de 260 milhões de pessoas.
>> Garfield só perde para Peanuts na quantidade de publicações mundiais.
>> O site Garfield Minus Garfield publica as tirinhas subtraindo digitalmente o gato. O resultado são histórias surpreendentemente reflexivas e melancólicas, focadas no depressivo Jon Arbuckle. Criado pelo irlandês Dan Walsh, o site tornou-se sucesso imediato e já ganhou uma versão em livro.
>> A estreia de Garfield na TV aconteceu no programa Here Comes Garfield, em 1982. Ao longo da década de 1980, os desenhos animados ganharam 3 prêmios Emmy.
>> A tira mostrando o 10º aniversário de Garfield ironiza pessoas que transformam os animais de estimação nos “donos da casa”. Também mostra um gato atuando como homem e enfrentando problemas humanos (dieta, tédio, aversão às segundas-feiras). As primeiras tirinhas também traziam um personagem recorrente chamado Lyman, que era o primeiro dono do cachorro Odie e roommate de Jon. Isso era necessário para que o humano pudesse interagir, já que o cão e o gato “só pensavam”. Aos poucos, Davis foi notando que mesmo através de pensamento era possível criar interações e acabou, por fim, excluindo Lyman das histórias.
>> Em 1980, Jim Davis redesenhou Garfield, com olhos ovais e barriga menor, dando como justificativa uma dieta forçada.
>> A tirinha tornou-se colorida em 7 de junho de 1999.
>> Em 2004 foi lançado o filme Garfield. O segundo longa-metragem, Garfield 2, chegou aos cinemas em 2006.
>> No longa de 2004, Garfield fala “Eu amo o cheiro de torta de maçã pela manhã”. A fala é uma referência ao filme Apocalipse Now!, do diretor Francis Ford Coppola, em que um soldado americano na Guerra do Vietnã fala “Eu amo o cheiro de napalm pela manhã.”
>> Entre 2007 e 2009 houve o lançamento de diversos produtos, como, respectivamente, o DVD Garfield Cai na Real, Garfield Fun Fest, a série animada O Show de Garfield e o terceiro filme, Garfield Pet Force.
>> Nos anos 1970, Jim Davis escrevia uma tirinha, Gnorm Gnat, que não tinha boa recepção. Um editor disse que as piadas eram boas, mas não dava para o público se identificar com um inseto. Davis respondeu criando outra tirinha com um gato. O motivo para escolher o animal foi a falta de tirinhas estreladas por gatos (e também ter um personagem que pudesse criar merchandising).
>> Garfield nasceu na cozinha de um restaurante italiano. Por isso gosta tanto de comida italiana, com preferência para lasanha, pizza e espaguete.
>> Nas primeiras tirinhas, Jim Davis quis manter a maior quantidade possível de características felinas no Garfield. Isso incluía, por exemplo, que ele só andasse nas quatro patas. Foi o cartunista Charles M. Schulz, o criador do Snoopy, que sugeriu a Davis que ele desenhasse patas traseiras maiores no Garfield e permitisse que ele se tornasse bípede.
>> Em 1981, Davis criou a Paws, Inc, a empresa responsável pelos direitos da tirinha e os produtos licenciados de Garfield. A empresa fica na cidade natal de Davis, Muncie, no estado de Indiana. A Paws também possui a equipe de artistas que desenha a tirinha, que é apenas escrita por Davis atualmente.
>> Em 1982, Garfield estrelou um especial de TV chamado, em português, Aí vem Garfield. Outros onze especiais foram feitos até 1991. Uma série animada, Garfield e Seus Amigos, foi produzida entre 1988 e 1995. O gato fora dublado no Brasil por Carlos Marques.
>> Nos EUA, a editora Ballantine Books lança dois livros compilando as tirinhas por ano. Em 2001, os primeiros livros começaram a ser republicados em tamanho maior e com as tirinhas em cores.
>> No Brasil, a pioneira em edição de Garfield foi a Editora Salamandra, com livros lançados a partir do fim da década de 1970. Suas impressões foram até o final da década posterior. Algumas séries como Garfield em Ação (que dividia os livros da Ballantine em dois volumes) foram reeditadas ao longo desses dois anos com novas capas.
>> Após virar livro, filme e desenho animado, Garfield tentou conquistar também os palcos. Uma versão musical de sua história estreou em 2011, em Indiana, nos Estados Unidos. Mas o sucesso dos quadrinhos não se repetiu e Garfield Live terminou sua turnê no ano seguinte, sem alcançar grandes números.
>> Garfield já foi desenhado de quatro maneiras diferentes. Mais gorda e realista, a versão original, de 1978, foi substituída após dois anos por um felino antropomórfico, que andava usando as patas traseiras. Já em 1990, um desenho parecido com o gato laranja que os fãs conhecem hoje foi lançado. Em 2000, foi a vez do Garfield atual estrear.
>> Em 1982, sete livros com tirinhas de Garfield apareceram, simultaneamente, na lista de livros mais vendidos do New York Times.
>> No mesmo ano, Garfield foi capa da revista americana People, que o elegeu como a maior celebridade americana do momento. Na ocasião, o gato aproveitou para anunciar seu primeiro programa de televisão.
>> Garfield é uma das atrações principais de dois parques de diversão nos Estados Unidos: Silverwood e Kennywood.
>> Em uma homenagem aos amigos de Garfield na história em quadrinhos, o criador Jim Davis também tem um gato, Nermal, e um cachorro, Pooky.
>> Garfield é da raça Exótico de Pelo Curto. Este nome se explica porque ela foi criada a partir da mistura das raças Persa e com o gato da raça Pelo Curto Americano. O Exótico de Pelo Curto da vida real é menos temperamental do que Garfield. É considerado amoroso e paciente, por isso é ideal para casas com crianças.
>> Já Odie é da raça beagle, a mesma do Snoopy.
>> Em 2002, Garfield entrou para o Guinness Book como a tirinha em quadrinhos com maior número de republicações em todo o mundo: nada menos do que 2.570 jornais exibiam simultaneamente os quadrinhos diários do gato folgado e preguiçoso.
>> Apesar de por aqui chamarmos de “o” Garfield, a ideia de protagonizar as tirinhas com um cão e um gato era a de não precisar especificar gênero aos personagens. Como os gatos da fazenda do avô de Davis serviram de inspiração, o cartunista conta que nunca pensou em uma idade ou gênero específicos para Garfield.
>> A marca Garfield gera, em média, 1 bilhão de dólares por ano em produtos licenciados. Filmes, séries animadas, brinquedos e tudo mais vale quando é para lucrar em cima do gatão. Porém, Jim Davis se arrepende apenas de uma autorização, que ocorreu quando criaram uma versão zumbi de Garfield. No começo ele achou que seria engraçado, mas hoje acha que isso não acrescentou em nada no desenvolvimento do seu principal personagem.
>> Nos anos 1980 e 1990, fez muito sucesso um brinquedo do Garfield com ventosas nas patas, que serviam para pendurá-lo no carro. Isso surgiu de um erro de comunicação, já que o brinquedo deveria vir com velcros, que era a moda de alguns bonecos da época. Quando o protótipo chegou, Davis resolveu grudá-lo em um vidro e esperar para ver se ele não cairia. Como funcionou, ele autorizou a produção daquele jeito.
>> Jim Carrey recusou o papel de Jon na adaptação da tira para os cinemas.
>> Inicialmente mais “pensativo”, melancólico e adulto, Garfield acabou por se tornar um personagem infantil por conta do merchandisinge do retorno financeiro. O personagem dos filmes, construído em CGI (imagem gerada por computação gráfica), pouco tem a ver com o gato dos quadrinhos.