Proximidade com os fãs no Teatro do Paiol faz cantor e compositor fazer show relaxado e bem-humorado em sessão dupla em Curitiba
Texto e foto de Jocastha Conceição
Já faz alguns anos que Cícero Rosa Lins vem ganhando espaço no cenário independente brasileiro, misturando influências de MPB, folk e bossa nova. Tanto que os ingressos marcados para sua nova apresentação em Curitiba, marcada para as 21h de 26 de setembro de 2018, esgotaram-se em poucos dias após o início das vendas. O que acabou forçando uma nova sessão, duas horas antes, no Teatro do Paiol.
O show intimista, com luzes baixas e público aconchegado no espaço circular do teatro contou com falas bem-humoradas do artista sobre sua trajetória, inspirações para as letras e histórias por trás das músicas – como “Isabel”, dedicada à irmã caçula. Ao relembrar outro show realizado no Paiol anos atrás. Cícero salientou o quanto gosta de cantar em lugares pequenos. Assim, sente-se mais livre para conversar e se envolver mais com a plateia, dar outra sonoridades a suas canções em um estilo mais experimental e cantar aquelas que conservam a base em voz e violão – o que é difícil num grande show com a sua banda, que integra mais sete músicos no palco além dele.
Tirando o público da posição de meros ouvintes, Cícero pediu para que todos cantassem trechos (“Não se vá”, “É sexta-feira, amor”), respectivamente das canções “Não Se Vá” e “Ponto Cego”. Enquanto isso vai tocando e dando voz a outros a outras partes (“Gira, mundo cão”), formando um coral, segundo ele, “afinado”.
Após sorrisos ao final de cada música, Cícero encerrou o show com “Aquele Adeus”, de seu mais recente álbum (Cícero & Albatroz, lançado em dezembro de 2017). Então, logo se despediu com carinho dos primeiros curitibanos a contemplarem a performance. Tinha de voltar aos camarins para se preparar para a segunda sessão, já prestes a começar.
Set List: “Vagalumes”, “De Passagem”, “Velho Sítio”, “Ela e a Lata”, “Não Se Vá”, “A Praia”, “Ponto Cego”, “Soneto de Santa Cruz”, “Duas Quadras”, “Isabel”, A Grande Onda”, “Canções”, “Fuga 3”, “Capim Limão” e “Aquele Adeus”.