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Floripa Eco Festival 2023 – ao vivo

Natiruts, Silva, Arnaldo Antunes, Matuê e Filipe Ret são os destaques da terceira edição do festival catarinense

Natiruts

Texto e foto por Frederico Di Lullo

No último dia 16 de setembro rolou de tudo durante a terceira edição do Floripa Eco Festival. Teve um pôr do sol incrível, que vai ficar na memória de mais de 18 mil pessoas. Teve um lineup focado em sua maioria na Geração Z, que abraçou de vez a música pop atual. E também tiveram preços nada convidativos para alimentação e bebidas.

Cheguei no Campeche às 15h30 e a primeira atração, Dazaranha e Tijuqueira, já tinha se apresentado. Fiquei bem triste, mas não posso dizer que não sabia: era um sábado de muito calor e me programei para chegar um pouco mais tarde. Contudo, as grandes filas no entorno e a falta de sinalização clara para estacionar contribuíram para um atraso não tão planejado. Quando entrei, Arnaldo Antunes estava na sua terceira música.

E como toda regra tem sua exceção, este lineup Geração Z também. O sempre titã está numa fase incrível e foi muito bom assistir a mais uma apresentação solo dele. O poeta, compositor, e gênio da música pop brasileira fez um showonde percorreu boa parte dos seus clássicos, verdadeiros hinos. São quase 40 anos de carreira e ele ainda agita como um jovem adolescente. Na plateia, pessoas de todas as idades cantaram clássicos como “A Casa é Sua”, “Essa Mulher”, “Envelhecer”, “O Pulso”, “Comida” e “Televisão”. Sem dúvidas, uma apresentação ímpar e que durou exatos 60 minutos. Mas se expectativa ficou lá em cima no início, ela logo foi abaixada pelo preço da cerveja: 17 reais numa latinha. Enfim, seguimos em frente!

Na sequência de Arnaldo, Silva entrou em cena. Para mim, pelo menos, não prometia nada e entregou muito! O capixaba continua se afirmando como um dos principais nomes da nova MPB, ganhando cada vez mais fãs e seguidores nas redes sociais. Num clima intimista, ele cantou músicas de todas a fases de sua carreira, iniciando com o álbum Claridão, de 2012. Isso sem falar sobre a facilidade de interpretar sucessos alheios de forma interessante. No set list tivemos canções como “Fica Tudo Bem”, “Duas da Tarde” e “Pôr do Sol na Praia”. Sem sombra de dúvidas, esta uma escolha pra lá de sugestiva para um final de dia no sul da Ilha de Santa Catarina. O feat com Criolo, entretanto, foi demasiado curto: apenas três músicas, sendo uma instrumental. Deu impressão que o querido Kleber Cavalcante Gomes apenas veio passear por aqui. Por isso, aguardamos ele novamente para mais apresentações.

Logo o sol se escondeu, o céu ficou estrelado e o vento sul chegou com tudo no Floripa Eco: momento para procurar um abrigo e sentar um pouco. Ao fundo, Ziggy Alberts fazia sua estreia em solo catarinense, com sua música descompromissada e calcada na surf music. Pelo jeito, a galera gostou. Já eu aproveitei para esticar um pouco as pernas, sentar numa canga e prosar. Festivais proporcionam esta experiência também.

Seguindo com as apresentações, veio a pérola da noite: o cômico Rich The Kid. Sinceramente, eu não o conhecia até ver o anúncio do nome no festival. Fazendo uma rápida pesquisa na internet sobre ele, deu para sacar que é uma mala sem alça. E não deu outra no Campeche. Um show cansativo, com inúmeras interrupções, muitos xingamentos e pouca mão na massa. O garoto de Atlanta fez sua passagem por Florianópolis e não fará muita falta.

Depois o festival trouxe a atração mais aguardada da noite, pelo menos pela Geração Z. Sim, estamos falando de Matuê. Símbolo do trap brasileiro, o rapper cearense de 29 anos se apresentou finalmente em Florianópolis diante uma plateia juvenil que o aguardava praticamente em êxtase. No auge da carreira, Matheus Brasileiro Aguiar proporcionou um show interessante, no qual em nenhum momento deixou a peteca cair e ainda fez esquecer o fiasco da apresentação anterior. Não é de hoje que ele é um dos artistas mais escutado e querido de sua geração. Em sua apresentação, não faltaram clássicos do ícone pop como “Vampiro”, “Flow Espacial”, “Máquina do Tempo”, “Brinca Demais” e “Conexões de Máfia”, um feat gravado justamente com…. Rich The Kid! E não é que o americano voltou ao palco para cantar esta música, agora vestindo uma balaclava e distribuindo beats e xingamentos? Vai entender…

Seguindo adiante, eram quase 23 horas quando o Natiruts entrou no palco. Eu sempre achei engraçado o fato deles serem de Brasília, de onde o clima de praia passa longe. Mas isso não é, de jeito nenhum, uma crítica. Afinal, a banda com mais de 25 anos de história, hoje sela o status de ser uma das maiores (e melhores) bandas do gênero do país. A trupe comandada por Alexandre Carlo fez em Floripa um concerto antológico, apresentando eternos sucessos para uma plateia que, talvez, nunca tivesse ouvido eles. Já sobre ter visto ao vivo, tenho certeza disso.E é justamente aí onde a banda de destaca: traz uma energia cativante, onde as boas vibrações invadem o público e fazem todo mundo dançar e cantar junto. Isso só é possível graças a hinos como “Presente de um Beija-Flor”, “Tudo Vai Dar Certo”, “Quero Ser Feliz Também”, “Andei Só”, “Natiruts Reggae Power” e “Liberdade Pra Dentro da Cabeça”. Havia tempo para mais? Lógico. Ainda durante o Natiruts rolou um feat com IZA, que cantou três músicas, com destaque para uma versão reggae power de “Pesadão”. Isso só é possível em festivais como o Eco!

Para fechar a noite, subiu ao palco mais um artista aclamado da Geração Z: Filipe Ret. Mas pra mim, a noite tinha acabado com o último acorde do Natiruts. Estava de alma lavada, cansado e com vontade de uma cerveja sem comprometer meu orçamento do mês. Ao rapper carioca meu grande respeito, mas já havia assistido ao show dele menos de um ano atrás. Ficou para a próxima!

Em resumo, o saldo deste terceiro Floripa Eco Festival foi positivo. Com o Saravá anunciando data para dia 20 de janeiro, basta aguardar se teremos em 2024 mais uma edição summer do Floripa Eco Festival ou se este ficará mesmo com a data fixa e anual em setembro. Esperamos ansiosos por essas respostas.

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Floripa Eco Festival 2023

Oito motivos para não perder um dos maiores festivais de Santa Catarina, que abraça de vez o pop contemporâneo em sua terceira edição

Arnaldo Antunes

Texto por Frederico Di Lullo

Fotos: Reprodução

Para o próximo dia 16 de setembro há um encontro marcado na agenda musical da capital de Santa Catarina. O Floripa Eco Festival chega à sua terceira edição, agora trazendo a proposta de ser all day

Com início previsto para às 10 da manhã, o festival promete mais de 14 horas de festival e um line up formado por Natiruts & Iza, Matuê, Filipe Ret, Silva & Criolo, Arnaldo Antunes e Dazaranha. Eles estarão todos se apresentando no palco principal, além de nomes internacionais como o rapper norte-americano Rich The Kid e do cantor australiano Ziggy Alberts, que vêm pela primeira vez ao Brasil. De quebra, a edição contará com um palco com escalação formada apenas por artistas catarinenses: Jade Baraldo, Luana Berti, Olivia Robel, Reis do Nada, Abruna & Alessio, NegaAmanda, Tow In, Nathan Malagoli, Re Significa e Irie, são algumas dessas atrações.

Com ingressos já à venda (mais informações sobre o evento você pode ter clicando aqui), o Mondo Bacana dá oito motivos para você não pensar duas vezes e confirmar presença no Sítio Império das Águas, que fica na praia do Campeche. Afinal, o Festival Floripa Eco 2023 será uma oportunidade única para vivenciar uma experiência rica em cultura, música, esportes e conexão com a natureza.

Arte e sustentabilidade

Ao participar de mais uma edição do Floripa Eco Festival 2023, você estará apoiando uma causa importante: a sustentabilidade. O evento valoriza práticas eco-friendly e incentiva ações conscientes para preservar o meio ambiente.

Lixo zero

O festival adotará medidas de lixo zero, reduzindo o uso de embalagens de uso único e trabalhando pela neutralização de carbono do evento. Também haverá intervenções artísticas neste sentido, além de uma feira de produtos sustentáveis. Afinal de contas, cultura, diversão e sustentabilidade não podem mais andar separadamente.

Público de todo o Sul do Brasil 

O festival sempre reúne pessoas de diferentes cidade e estados (sobretudo os do Sul), proporcionando uma ótima oportunidade para fazer novas amizades e aproveitar a quase primavera num dos bairros mais legais de Floripa: a praia do Campeche.

Arnaldo Antunes

O poeta, músico e eterno Titã volta para a Ilha Magia depois de seis anos para um show solo, que promete emocionar e empolgar todos os presentes. Dono de timbre grave único, Antunes deve apresentar trabalhos vindos de todos os momentos de sua carreira. Como não poderia ser diferente, também, provavelmente irá incluir alguns clássicos do Titãs no set list. Afinal, 2023 foi um ano em que ele se juntou aos velhos amigos de banda para uma turnê extensa de reencontro da formação clássica.

Jade Baraldo

Jade Baraldo

Enquanto boa parte dos presentes estarão esperando pelos shows mais badalados, os mais antenados vão aproveitar para conferir também a presença da artista catarinense Jade Beraldo. Natural de Brusque e detentora de um estilo único e contagiante, a cantora revelada nacionalmente pelo programa de televisão The Voice Brasil promete incendiar o último sábado de inverno na Ilha da Magia com sua voz doce e hipnotizante.

Para toda a família

Com a proposta de ser um evento all day, este Floripa Eco será um evento para todas as idades. Além das atrações musicais, haverá atividades recreativas para crianças e espaços dedicados ao entretenimento familiar. Portanto, bora levar os pequenos para se divertir.

Diversidade musical

É soft rock, é rap, é samba, é funk, é eletrônico, é trap… A diversidade que urge do atual cenário musical nacional estará presente em mais de 25 palcos atrações e 14 horas de festival. Garantia de que muitos gostos estejam representados por ali.

Experiência inesquecível

Este festival, em particular, oferece uma série de experiências únicas, desde assistir a um pôr-do-sol deslumbrante até presenciar atrações inéditas no Brasil. Serão momentos que ficarão, sem qualquer sombra de dúvida, gravados para sempre na memória de todos os presentes.