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Coolritiba 2023

Oito motivos para não perder a edição deste ano do festival curitibano que reunirá grandes revelações da MPB a medalhões de peso

Marisa Monte

Texto por Abonico Smith e Janaina Monteiro

Fotos: Janaina Monteiro (Marisa Monte) e Divulgação (Agnes Nunes)

Oito motivos para não perder a edição deste ano do festival que reunirá grandes revelações da MPB a medalhões de peso

Texto por Abonico Smith e Janaina Monteiro

Fotos: Janaina Monteiro (Marisa Monte) e Divulgação (Agnes Nunes)

O festival mais cool do país está chegando e com um line-up novamente recheado de atrações de peso. Já tradicional no calendário musical da capital paranaense dos últimos anos, o Coolritiba está marcado para o dia 20 de maio (mais informações sobre todo o evento e os ingressos você pode obter clicando no site oficial).

Para fazer um esquenta, como de praxe, o Mondo Bacana lista oito motivos para você não perder esse dia incrível de 22 shows no complexo da Pedreira Paulo Leminski.

Marisa Monte

A diva inspiradora de quase toda a nova safra da música braisleira retorna a Curitiba em menos de um ano – ela passou pela capital paranaense com a sua turnê do novo álbum no finzinho de setembro do ano passado. Com mais de 30 anos de carreira fonográfica, Marisa tem mais de dez álbuns lançados e três Grammy Latino no currículo. Então, prepare-se para revisitar sucessos mais queridos dos fãs (como “Bem Que Se Quis”, “Ainda Bem”, “Ainda Lembro”, “Depois”, “Vilarejo”, “Velha Infância”) e fantásticas composições da safra mais recente (“Pra Melhorar”, “Calma”, “Portas”.) Na sua banda de apoio ainda estão incensados nomes de seus instrumentos como o baixista Dadi, o guitarrista Davi Moraes, o percussionista Pretinho da Serra e o baterista Pupillo.

Gilberto Gil

Gigantesco nome da música brasileira e um dos fundadores da Tropicália, o cantor e compositor baiano anda há meses em ritmo de comemoração dos seus 60 anos de carreira e 80 anos de vida. Aliás, é outro que também passou recentemente por Curitiba – fez a platéia toda ferver na véspera do segundo turno da eleição presidencial fazendo o L. No repertório, alguns clássicos devem pintar, tais como “Palco”, “Toda Menina Baiana”, “Andar Com Fé”, “Tempo Rei”, “Aquele Abraço” e “Esperando na Janela”. Isso sem falar que Gil já está acostumado a ser escalado em festivais voltados para o público jovem.

Alceu Valença

Outro nome de peso e história na música brasileira das últimas décadas. O showman pernambucano, que também já está quase chegando à oitava dezena na idade, pode não estar mais acompanhado de seu fiel escudeiro de quase meio século (o guitarrista Paulo Rafael, capaz de enlouquecer qualquer plateia com sua guitarra psicodélica promovendo loucos diálogos com ritmos regionais nordestinos, faleceu em 2021), mas sempre será garantia de um show incendiário. A tiracolo, traz um recente álbum póstumo em parceria com Rafael e mais um punhado de hits certeiros como “Coração Bobo”, “Tropicana”, “Como Dois Animais”, “La Belle de Jour” e, óbvio, “Anunciação”,

Sandy

Com o exemplo dentro de casa, a cantora de voz suave e afinada começou a carreira profissional ainda criança e ao lado do irmão Júnior, com quem formou uma dasduplas mirins mais amadas do Brasil. Os dois embalaram grandes sucessos até que Sandy decidiu se aventurar na carreira solo, com baladas românticas de composição autoral. Assim, ela tem tudo para despontar no festival para arrebatar os corações dos fãs de carteirinha – os mesmos que alguns anos atrás lotaram a Pedreira para ver a turnê de revival dos dois filhos de Xororó. Sem contar o fato de que aquela menina já chegou aos 40 anos e hoje acumula invejável experiência de veterana nos palcos brasileiros.

Agnes Nunes

Agnes Nunes

Se existe alguma baiana que pode ser chamada de joia rara na safra mais recente da MPB, o apelido cabe perfeitamente a ela. Sua voz cristalina mistura a alma de mulher com o jeito de uma adolescência que ainda não lhe abandono. De quebra, toca e compõe, o que lhe garante segurança ímpar no palco, apesar dos poucos anos de estrada. Agnes conquista a todos no país e fora dele – tendo inclusive voltado de uma turnê pela Europa. Bomba nas plataformas todas da internet com releituras e faixas próprias que podem ir do intimismo ao brado contra o racismo. Quem viu os créditos finais o filme Medida Provisória, dirigido pelo também baiano Lazaro Ramos, pode constatar todo o poder dela: afinal, é impossível não se arrepiar com a versão emocionante para “Preciso Me Encontrar”, clássico samba de Cartola.

Mano Brown

Esqueça aquele cara carrancudo à frente dos versos canto-falados dos Racionais MCs. A sisudez que ficou conhecida por meio do mais famoso grupo de rap brasileiro não está presente em seu trabalho solo. Pelo contrário. Aqui Brown se solta completamente para mostrar outra de suas grandes paixões: os grooves e o apelo dançante do funk e do soul. Sua faceta Boogie Naipe troca as farpas pela festa e mergulha profundamente nas raízes dos bailes black que enlouqueciam a periferia paulistana durante toda a década de 1980. Tudo isso, claro, sem abandonar a veia hip hop que o tornou famoso.

Liniker

Outra presença constante em grandes festivais nacionais, Liniker volta a Curitiba na esteira do sucesso de seu primeiro álbum solo, Índigo Borboleta Anil. Apostando na forte conexão com sua ancestralidade, que se aflorou durante o período da pandemia, e na mistura de samba, groove e blues, ela trata em suas letras de amor, afetos e relacionamentos sempre de modo reflexivo mas sem deixar a viagem rítmica de lado. Exatamente por isso aqui vai uma dica. Fique de olho em um grande trunfo escalado para a superbanda de apoio: o baixo sempre esfuziante de Ana Karina Sebastião, uma das maiores craques das quatro cordas da atualidade no showbiz tupiniquim.

Tuyo

Desde que o trio curitibano de vocalistas (as irmãs Lio e Lay Soares mais o multiinstrumentista Jean Machado) se lançou em 2017 como uma dissidência do badalado e então extinto grupo Simonami que o sucesso fora dos limites geográficos do Paraná não parou de crescer. Hoje, alguns anos e muitos singles e discos depois, suas singelas canções, marcadas por uma doce harmonia vocal e letras que falam sobre reflexões diárias e a condição do estado liquido da humanidade contemporânea, são celebradas por fãs espalhados em todo o território nacional. Ao vivo, o Tuyo representa um afago aos ouvidos, um chill out pop para se sentir confortável ouvindo sentado e até mesmo de olhos fechados.