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Audrey Hepburn

Vinte e cinco curiosidades para marcar os 25 anos de morte de atriz que virou sinônimo de elegância e estilo em Hollywood

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Texto por Flavio St Jayme (Pausa Dramática)

Foto: Reprodução

Atriz premiada, bailarina, defensora das causas humanitárias, Audrey Hepburn é até hoje um dos maiores ícones do cinema. Sua interpretação de Holly Golightly no filme Bonequinha de Luxo é uma das mais conhecidas e amadas da sétima arte. Ícone de elegância, Hepburn – cujo nome completo era Edda van Heemstra Audrey Kathleen Hepburn-Ruston – é considerada uma das maiores lendas femininas da idade de ouro de Hollywood, ficando atrás apenas de Katherine Hepburn e Bette Davis. Foi a terceira mulher na história do cinema e a quinta dentre todos os artistas a conseguir ganhar as quatro principais premiações do entretenimento norte-americano, o EGOT (os prêmios Emmy, Grammy, Oscar e Tony). A partir de 1967 colocou, por vontade própria, a carreira em modo de quase aposentadoria, pouco voltando a atuar no cinema e na televisão para se dedicar mais à família. Faleceu em 20 de janeiro de 1993, aos 63 anos, de câncer, na cidade de Tolochenaz, Suíça.

Para marcar os 25 anos de morte de Audrey Hepburn, aqui estão 25 curiosidades sobre a atriz.

>> Audrey era poliglota. Nascida em uma pequena aldeia belga, a mãe era holandesa e o pai britânico. Ela falava fluentemente inglês, holandês, francês, italiano e espanhol.

>> A atriz também abraçou as causas humanitárias. Tendo sofrido pessoalmente com as consequências da Segunda Guerra, ela se tornou embaixadora da Unicef, viajando a várias regiões carentes pelo mundo.

>> Ainda muito jovem, também durante a Guerra, ela participou ativamente dos movimentos da Resistência. Fez espetáculos de dança clandestinos para angariar fundos, abrigou garotas refugiadas em sua casa, além de transportar recados políticos, que escondia dentro das sapatilhas de dança.

>> Audrey estudou para ser bailarina. Porém não conseguiu ascender na carreira por conta da fragilidade de seu corpo por causa do sofrimento durante a guerra.

>> Sua revolucionou o padrão de beleza das mulheres da época, fugindo cada vez mais do estilo pin-up (como o de Marilyn Monroe) em benefício de um visual mais simples, acessível e, ao mesmo tempo, impecável e sofisticado.

>> Audrey Hepburn recebeu um salário de US$ 750 mil por sua atuação em Bonequinha de Luxo (1961), o segundo maior salário pago até então a uma atriz. Ficou atrás apenas de Eliabeth Taylor, que embolsou US$ 1 milhão pelo filme Cleópatra.

>> Inicialmente, Bonequinha de Luxo seria dirigido por John Frankenheimer e estrelado por Marilyn Monroe. Após a substituição de Marilyn, a atriz declarou que jamais havia ouvido falar de Frankenheimer e fez pressão para que outro diretor fosse contratado em seu lugar. Foi exatamente o que aconteceu. Outra exceção feita para o filme: a joalheria Tiffany’s abriu pela primeira vez em um domingo desde o século 19, apenas para que as filmagens dentro da loja pudessem ser realizadas.

>> O vestido usado por Audrey em Bonequinha de Luxo foi leiloado por 800 mil dólares e o dinheiro revertido para a construção de 15 escolas para crianças pobres indianas.

>> Em 1993, foi dado à atriz o prêmio Jean Hersholt Humanitarian Award (prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas), por seu trabalho como embaixadora da Unicef. Quem o recebeu foi seu filho, Sean Hepburn Ferrer.

>> Das primeiras aparições que fez na televisão, Audrey Hepburn (1,70m) foi criticada pelos seus pés excessivamente grandes e descrita como demasiado alta, ossuda e máscula. Anos mais tarde, a atriz fora considerada pela elite da moda americana como o ideal de beleza e o ícone de uma figura física perfeita.

>> Em 1990, uma nova espécie de tulipa branca foi criada e recebeu o nome da atriz, em sua homenagem.

>> Audrey teve de lutar por sua sobrevivência durante a ocupação nazista na Holanda. A base de sua alimentação era grama, tulipas e endívia. Ela também costumava beber bastante água para ter a impressão que a barriga estava cheia. Ao final da guerra, ela tinha apenas 39 quilos, sofria de asma, icterícia, anemia e uma forma de edema.

>> Durante a guerra, Audrey recebeu sete barras de chocolate de um soldado holandês. Isso a ajudou a sobreviver durante a ocupação alemã. Durante toda a sua vida ela iria devorar chocolates sempre que os visse. Eles costumavam ficar espalhados por toda a casa, nos quartos e salas. Audrey também amava macarrão e vinho, principalmente o escocês.

>> A atriz começou a fumar aos 15 anos, durante a guerra, para se acalmar. O hábito perduraria por toda sua vida, em menor ou maior escala. Houve períodos em sua vida em que chegou a fumar três carteiras por dia. Sua marca preferida era Kent.

>> Audrey foi casada três vezes. A primeira com o ator Mel Ferrer, durante 15 anos. A segunda com o psiquiatra Andrea Dotti por 13 anos. O ator Robert Wolders foi o último marido e ficou ao lado dela até sua morte. Segundo Dotti, sua ex-esposa dizia que Robert foi o homem que mais amara na vida.

>> Ela gostava de fazer suas compras e fazer suas receitas. Dentre seus famosos pratos estavam o espaguete ao molho de tomate ou pesto, torta de chocolate com creme de leite e tortinha de bata e cebola. A atriz servia os pratos para sua família e amigos íntimos. Seu filho reuniu 65 receitas no livro dedicado a ela.

>> Audrey era uma grande fã da bossa nova. Ouvia Astrud Gilberto, João Gilberto e Sérgio Mendes.

>> Foi assistente de dentista antes de tornar-se atriz.

>> Audrey escolheu três vestidos do estilista Hubert de Givenchy para o filme Sabrina (1954), dando início a uma longa amizade entre os dois. A elegância de Givenchy colocou a atriz em outro nível entre as demais atrizes da época. A lendária revista Silver Screen afirmou, na época, que ela “estava mudando o padrão das mulheres hollywoodianas”.

>> Givenchy criou em 1957 o perfume L’Interdit para o uso pessoal de Audrey Hepburn. Ela foi a única pessoa a usar este perfume por alguns anos, até que o produto foi finalmente lançado comercialmente nos anos 1960.

>> A escritora francesa Colette notou a atriz em um lobby de hotel em Mônaco quando planejava montar a peça Gigi, baseada em seu romance de mesmo nome, de 1944. Ela imediatamente percebeu que tinha encontrado a estrela do espetáculo. Mais tarde, Hepburn viria a representar Gigi na Broadway.

>> Em seu primeiro papel no cinema a atriz já emplacou o Oscar de Melhor Atriz. Os produtores estavam certos de que quem era perfeita para o papel principal em A Princesa e o Plebeu (1953) era a consagrada Elizabeth Taylor. Porém, o diretor do filme apostou na sinceridade e talento da inexperiente Audrey. O nervosismo dela foi tanto que, ao invés de beijar a bochecha do presidente da Academia ao receber a estatueta, ela o beijou na boca.

>> A atriz tinha hidrofobia (medo de água). Nas gravações que envolviam água ou piscina, sempre estava por perto uma equipe de salva-vidas e mergulhadores.

>> Nas filmagens de O Passado Não Perdoa (1960), Audrey Hepburn ficou gravemente ferida ao cair de um cavalo. Grávida, voltou a trabalhar após seis semanas internada, usando um colete ortopédico. Contudo, acabou perdendo o bebê.

>> O último filme da atriz foi Além da Eternidade (1989), que marcou o fim da sua carreira e um dos grandes fracasso de bilheteiras de Steven Spielberg como diretor.